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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Arte de trocar figurinhas da Copa vira mania na Praça Popular

Arte de trocar figurinhas da Copa vira mania na Praça Popular
Fernando Gomes parece travar uma competição contra si mesmo a cada quatro anos. Ele é um dos mais assíduos colecionadores de álbuns de figurinhas das Copas do Mundo, em Cuiabá. Só este ano já completou 12 álbuns e se encaminha para fechar o décimo terceiro, superando assim a marca da Copa de 2010 em que completou 12 livros. Porém, nesta quinta-feira (19), Fernando era apenas mais um dentre as 200 pessoas que frequentam a troca de figurinhas que ocorre todas as quintas-feiras, sábados e domingos na Praça Popular, em Cuiabá.

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A brincadeira não tem idade e une todas as gerações. Pais, filhos e avós participam de todos os encontros até conseguirem completar um álbum. Entretanto, muitos não se contentam com apenas um e acabam criando “desculpas” para iniciar um novo álbum que, segundo eles, é para uma sobrinha, um neto, ou amigo.



A troca de figuras vai além da brincadeira e acaba virando um momento de interação e recordações das copas anteriores, como a de 70. “Quando o Brasil ganhou de 4 a 1 da Inglaterra”, recorda a advogada Eclair Magalhães, 58, ao citar a época como a sua melhor Copa.

Coincidência ou não na mesma mesa em que Eclair compartilhava figurinhas estava Heraldo da Silva Pereira, de 68 anos, que também tem o mundial de 70 em suas melhores lembranças. “Eu ainda lembro, era um domingo, e escutamos o Brasil ganhar da Inglaterra através do rádio”, descreve.

Com um sotaque que entrega sua origem cuiabana, Heraldo Pereira comemorava nesta quinta-feira (19), o fechamento do álbum de figurinhas que fez para sua netinha de três meses de vida, Marina, que “vive” a sua primeira Copa. “Finalmente achei a última figurinha, a que me deu mais trabalho a do Jozy Altidore”, um dos atacantes dos Estados Unidos.

Enquanto Haroldo saia contente com seu livro completo, a pedagoga Elizete Araújo acompanhava as filhas Izadora Araújo, 12, e Gabriela Araújo, 9, que iam pela primeira vez à praça após saber, por uma professora, que o evento de troca ocorria. “É muito difícil completar um álbum sozinha, porque em um pacotinho vem muitas figuras repetidas, já aqui em menos de uma hora já conseguimos preencher 12 espaços”, comemora Izadora.

A mãe das jovens apoia a brincadeira e a vê mais que um lazer. “Aqui eles aprendem a compartilhar e também a terem paciência para preencher todos os campos”, ressalta Elizete.

Este é o primeiro ano do evento na Praça Popular, em Cuiabá, a ideia de promover a troca de figurinhas da Copa é uma iniciativa do casal proprietário da banca de revista, Banca Popular. Alessandra Oliveira, dona da banda, conta que há dois meses o encontro já é promovido e há dias que mais de 500 pessoas comparecem para participar. Ainda conforme ela cerca de 250 álbuns já foram completados durante o evento.

Além de ter boa receptividade, a iniciativa do casal também contribuiu para que o colecionador Fernando Gomes a não gastar mais com passagens aéreas para Campo Grande. “Em 2010 eu fui até Campo Grande para trocar as figuras porque aqui não tinha”, afirma.

Para completas um álbum os colecionadores precisam desembolsar cerca de R$ 130. Os fãs precisam encontrar as figurinhas com os rostos dos jogadores das 32 seleções participantes e com temas diversos como o mascote oficial Fuleco, a bola Brazuca, o troféu da Copa do Mundo ou os logotipos de cada federação.
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