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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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SEMPRE É MELHOR PREVENIR

Glaucoma e catarata: os cuidados que se deve ter desde a infância até a vida adulta

Foto: Suênia Cardoso / www.dezoitocom.com.br

Richard Yudi Hida: Catarata e glaucoma são as doenças são as principais causas de cegueira no país

Richard Yudi Hida: Catarata e glaucoma são as doenças são as principais causas de cegueira no país

De acordo com o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística), a cegueira atinge cerca de 20% da população só no país, sendo a Catarata e o Glaucoma as principais causas, conforme dados da Organização Mundial da Saúde. Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida, o Glaucoma é a doença ocular que mais causa cegueira irreversível.

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A Catarata é a maior causa de cegueira reversível e a que mais cresce no Brasil. As doenças são mais comuns a partir dos 40 anos para o glaucoma e 55 anos para a catarata. No entanto, o especialista alerta que existem muitos casos que surgem antes desta faixa etária e, por isso, é importante consultar o oftalmologista regularmente. “Qualquer anormalidade deve ser investigada. Muitas doenças oculares são silenciosas e podem progredir rapidamente, independentemente da idade. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura ou tratamento adequado para evitar cegueira”, alerta.

Na Catarata, o principal sintoma é a baixa percepção visual, descrita pelo paciente como uma sensação de visão turva. “Esta doença está essencialmente, na maioria dos casos, ligada à idade, pois é decorrente do envelhecimento do cristalino, a lente natural do olho. O resultado deste envelhecimento é uma perda visual progressiva, que pode evoluir para a cegueira. A doença é reversível na maioria dos casos e o tratamento é cirúrgico. O diagnóstico é clínico, feito no consultório médico”, esclarece Richard.

Já o Glaucoma, segundo Hida, não apresenta sintomas na fase inicial e pode causar perda da visão periférica (laterais) e até cegueira irreversível na fase avançada, se não for diagnosticado a tempo. Sua principal causa é a tendência familiar, por isso a importância de prevenção e diagnóstico precoce.

“O tipo de glaucoma mais comum se chama glaucoma crônico simples. O sintoma mais comum é a perda visual periférica, chamado de perda de campo visual. Não é percebida logo no início pelo paciente porque a visão central é preservada até as fases finais desta enfermidade. É de extrema importância que todos entendam que a doença é assintomática, portanto, não sente dor, ardência, olho vermelho ou dor de cabeça. É importante que pessoas que possuem histórico familiar façam exame oftalmológico periódico. Para diagnosticar, serão realizados alguns exames para esclarecer suspeitas”, explica.


Fases e cuidados 

Os cuidados com a visão devem ser iniciados antes mesmo do nascimento. Doenças como Rubéola e Toxoplasmose, que podem afetar as mães nos três primeiros meses de gravidez, podem, ao mesmo tempo, causar cegueira como a catarata congênita e problemas neurológicos na criança. Para garantir a saúde ocular também é recomendado realizar o teste do olhinho, antes que o bebê complete 1 ano ou até já no berçário. “Os cuidados devem começar durante o pré-natal, uma vez que a cegueira em recém-nascidos está comumente relacionada a doenças adquiridas durante a gestação”, explica o especialista.

A infância é uma fase importante do desenvolvimento, pois nela muitas doenças podem ser detectadas e tratadas. O desenvolvimento da visão se inicia ao nascimento e o potencial máximo da visão se estabelece ao redor dos 7 anos de idade. Quaisquer doenças oculares que possam diminuir o potencial máximo de visão até esta idade devem ser tratadas o quanto antes.

O primeiro exame oftalmológico de rotina deve ser realizado logo no berçário e depois sugere-se passar com o oftalmologista a cada ano. “Mas se a criança se queixar de dor de cabeça ou mal estar após algum esforço visual, apresentar desinteresse por leitura, franzir a testa para enxergar objetos distantes, ou se aproximar muito de cadernos ou livros para ler, é hora de procurar um profissional, pois pode afetar no aprendizado”, alerta Hida. Na adolescência, os jovens costumam apresentar sinais de cansaço visual e dor de cabeça. Nessa fase é comum o aparecimento de alterações refrativas, como Astigmatismo, Miopia e Hipermetropia. “Todas elas podem ser corrigidas com uso de óculos e lentes de contatos”, diz.

Já na fase adulta, as pessoas devem redobrar a atenção à saúde dos olhos. Após os 40 anos, os indivíduos ficam mais suscetíveis às doenças de visão. Os diabéticos também devem ficar atentos, pois são mais vulneráveis às complicações oculares como a Retinopatia Diabética, que é umas das principais causas de cegueira no mundo. “Ao completar 40 anos, sugere-se que as visitas sejam a cada um ano e, a partir dos 60, o check-up oftalmológico deve acontecer com mais frequência, dependendo da doença. O cuidado com nossos olhos é um hábito que devemos manter desde o nascimento até a velhice. Os exames oftalmológicos garantem a manutenção de uma boa qualidade visual e qualidade de vida, portanto, não deixe de realizá-los periodicamente”, aconselha o médico.

*SERVIÇO

O médico Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecido mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas doenças visuais. O profissional é especializado em oftalmologia pelo Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo.

Foi Fellow nas 2 melhores Universidades do Japão (Keio University- School of Medicine e Kyorin University) onde dominou várias áreas da oftalmologia cirúrgica. Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por mês. É também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de tecidos oculares desta instituição.

O profissional ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São Paulo. É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.


(Colaborou Suênia Cardoso)
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