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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Olhos de Alma

Projeto pioneiro no Brasil ensina Muay Thai a cegos de Mato Grosso Veja fotos

Foto: Leandro Alves

Projeto pioneiro no Brasil ensina Muay Thai a cegos de Mato Grosso  Veja fotos
“Tudo aquilo que se pode tocar, pode-se acariciar ou nocautear, independente da visão”. É com esse princípio que o projeto social Olhos da Alma, desenvolvido com deficientes visuais da Associação Mato-grossense dos Cegos pelo professor de Muay Thai Alex Paraná, tem ensinado a arte marcial tailandesa para essas pessoas.

O projeto é pioneiro no Brasil e tem por objetivo promover a integração de quem não consegue enxergar aos outros cidadãos sem qualquer deficiência, através do Muay Thai. Há cerca de dois meses Alex e sua equipe ensina as movimentações, noções de distância e trabalha os golpes com alunos cegos, em aulas duas vezes por semana.


                                                                                                                                                                 Foto:Leandro Alves

“O projeto social Olhos da Alma nasceu da convicção de que a arte marcial transcende, é espiritual, é o que você sente, então independe da visão. Os cegos têm os outros sentidos muito mais desenvolvidos como a visão e o tato, por exemplo, então têm condições de aprender como qualquer outro aluno por que sabe ouvir”, explica.

A primeira turma de cegos de Alex tem 8 alunos com idade entre 30 e 60 anos. Desses, cinco são mulheres. O Professor afirma que a evolução deles é surpreendente nesses dois meses e que a intenção é leva-los posteriormente para conhecer o lutador tailandês, Suted, que mesmo cego se consagra campeão contra pessoas que enxergam.

“Além a leva-los para conhecer e treinar junto, a ideia é façam cursos de massagem na Tailândia para que além da melhora na qualidade de vida pelo esporte, possam melhorar a renda deles trabalhando com massagem”, disse.


                                                                                                                                                       Foto:Leandro Alves

Mesmo sem ajuda governamental alguma e custeando tudo do próprio bolso, Alex afirma que a perspectiva é aumentar o projeto com aulas para cadeirantes e outros cegos. Parafraseando Augusto Cury, ele encerra a entrevista afirmando que os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que estamos.
 
“Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. Esse projeto é isso, é doação de ambas as partes", finalizou.



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