O lançamento do livro “Borboletas Infinitas de Coração Imperfeito”, de Stéfanie Medeiros, acontece nesta quinta-feita (23) na sede da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), a Casa Barão de Melgaço, às 19h30.
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O livro reúne 50 poemas de variados temas, que falam com lirismo das histórias pessoais da escritora, assim como histórias de amigos dela e mesmo de pessoas inventadas. As poesias começaram a ser escritas quando Stéfanie tinha 15 anos, mas a produção perdura até hoje, com 22.
Na terça-feira (21), o Olhar Conceito lançou uma promoção, em que sortearia dois exemplares do livro para os leitores. O sorteio foi realizado nesta quinta (23) e os vencedores são: João Martins e Marley Soleni Correa. Confira o resultado
AQUI.
Os livros devem ser retirados no lançamento, pelos vencedores e com apresentação de documento com foto.
O livro
O primeiro poema que Stéfanie escreveu e gostou, o mais antigo poema contido em “Borboletas Infinitas de Coração Imperfeito” foi “Meu Jovem Século XXI”, “Lembro-me muito bem deste dia: Eu estava sentada na cama com um bloquinho e uma caneta, escutando Elephant Gun, do Beirut. E então, finalmente escrevi o primeiro poema que realmente gostei. Foi um dia marcante para mim”, conta.
O prefácio de seu livro foi escrito pelo presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Eduardo Mahon. Em um dos trechos, ele confessa: “Aí está a diferença entre todos que amam, que choram, que sonham e os poetas: a coragem da exposição, da publicidade, do salto no vazio. Preciso me congratular com a autora Stéfanie Medeiros. Ela deu o salto. O primeiro salto. Há pressa nela, pressa de liberdade, de amor, de compreensão e de grandeza.”.
O livro foi publicado pela editora Carline e Caniato/Tanta Tinta, e estará a venda por R$25 no coquetel de lançamento. A capa da obra é de Marcelo Cabral.
Serviço
Lançamento do livro “Borboletas infinitas de coração imperfeito”, de Stéfanie Medeiros
Data: Quinta-feira, 23 de outubro
Horário: 19h30
Local: Casa Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT)
Endereço: Rua Barão de Melgaço nº 3869, Centro
Poemas
Meu jovem século vinte e um
O pôr do sol;
Tudo escureceu;
Esse frenesi louco;
Louco sonho meu.
O peixe no anzol;
A lagoa espelhada;
Desejo de fazer;
E de não fazer nada.
A criança rindo,
Ouvindo o passarinho;
Gritando alto e alto;
Morrendo bem devagarzinho.
A luz da lua;
Amantes de mãos dadas;
Se amando e amando;
Sem poder amar nada.
Erupção de vozes;
Avozinhas fofocando;
Erupção de sentimentos;
Aos poucos me afogando.
Na grama, o orvalho;
As gotinhas caindo;
Deitado, olhando à toa;
As cores ausentes, tão lindo!
Sentadinho na escada;
Desejo já não tem nenhum;
Olhinhos que não questionam nada;
Meu jovem século vinte e um.
Dez-esperança
Poemas sem propósito
Zumbem na minha orelha
Tuas palavras vazias
São os dizeres de um ser
São obras da monotonia
O que me diz?
O que tenho que dizer?
Escrevo, somente
Sobre minha falta do que fazer.
Tardes de outono
Felicidade é suportar a tristeza
Aceitar que ela existe
Aceitar que se é triste
Ser feliz é uma lágrima brilhando
Uma estrela do céu
Nos seus olhos dançando
Que o mundo seja rosa
Mesmo rosa tem caminhos
Que a rosa seja bela
Mesmo bela tem espinhos
Que as manhãs sejam sempre
E que o sempre sempre acabe
E que o fim de um caminho
[Seja um outro que se abre