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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Iniciativa da secretaria de cultura tem como resultado circulação de 5 mil livros sobre o falar cuiabano

Foto: Stéfanie Medeiros/ Olhar Conceito

Iniciativa da secretaria de cultura tem como resultado circulação de 5 mil livros sobre o falar cuiabano
Ao longo de 2014, a Academia Mato-Grossense de Letras (AML) realizou seis cerimônias de posse, seis lançamentos de livros e 15 eventos relacionados à educação. Nesta terça-feira (26), mais um lançamento marca o fim das atividades da instituição. Trata-se do livro “O falar cuiabano”, de Cristina Campos.

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Na ocasião, diversas pessoas reuniram-se para uma pequena palestra e introdução do livro. Depois das introduções formais, houve um coquetel com apresentações musicais. O presidente da AML, Eduardo Mahon, aproveitou a oportunidade para lembrar que a publicação da obra é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT), que pode não mais existir em 2015. “É importante ressaltar que esta é uma iniciativa da cultura. Os livros serão distribuídos para as escolas. Pelos sinais que estamos tendo, não teremos mais a SEC-MT no ano que vem, o que é bobeira, porque o importante é a especialização”, criticou Mahon.

Durante o lançamento, todos os convidados puderam levar um exemplar de “O falar cuiabano” sem nenhum custo. O restante dos livros será distribuído em escolas, para professores e pesquisadores. A tiragem inicial de “O falar cuiabano”, publicado pela editora Carlini e Caniato, foi de 5 mil exemplares. “Você percebe que uma iniciativa desta é feita com 0,17% do orçamento. Este é um tipo de coisa extremamente produtiva e tem um impacto mínimo em relação à verba”, ressaltou Mahon.

A ideia do livro surgiu em 2013, quando a Secretaria de Estado de Cultura registrou o dialeto cuiabano como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual (através da Portaria n° 017/2013). Para que o ato não ficasse só no papel, a então secretária de cultura, Janete Riva, firmou um convênio com a Integrar, que contratou a pesquisadora Cristina Campos para produzir o livro “O Falar Cuiabano” e explicasse, de modo didático, como se deu a constituição da Cuiabania.

A obra divide-se em duas partes. A primeira trata dos aspectos históricos importantes na constituição da cultura na Baixada Cuiabana, valorizando os povos indígenas. A segunda começa com descrições técnicas de traços linguísticos que caracterizam o linguajar cuiabano, exemplificando-os. “É um livro com linguagem mais simples, porque é destinado aos alunos de ensino médio. Procurei mostrar o surgimento da língua, coloquei alguns exemplos situações. A importância deste livro é valorizar a cultura cuiabana, que tende a diluir-se com a migração”, disse Cristina Campos, autora do livro.

“Nós temos glossários feitos por vários autores, inclusive o Silva Freire. Mas este é um trabalho diferente. Até um menino de 16 anos lê e entende. Não é uma pesquisa literária, é um livro didático”, frisou Mahon.
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