Da mesma forma que uma pessoa tatuada já recebeu olhares tortos na rua e talvez já tenha sido rejeitada em uma entrevista de emprego, devido ao mais puro preconceito, um cãozinho já foi abandonado e rejeitado simplesmente por ser um Pit Bull ou um Rottweiler, raças tidas como violentas. Para tentar combater essas ideias, que perduram em pleno 2014, o fotógrafo norte-americano Brian Batista criou uma série incrível em que retrata pessoas tatuadas e seus cães adotados. Diferente do estigma de violência que ambos carregam, na série de fotos só vemos amor.

Brian Batista conta que já cansou de visitar abrigos em que pais e filhos brincavam com filhotes de cães de raças como Doberman, Pastor Alemão e Pit Bull. Contudo, assim que eram informados sobre a raça do animal, paravam imediatamente a brincadeira, com medo de serem atacados. A ideia de violência atribuída a esses animais vem de casos de ataques divulgados na mídia. Mas o que torna o cão violento? Sua raça ou o seu dono? O fotógrafo menciona também a história de um amigo que decidiu tatuar uma homenagem ao filho, morto em um acidente de carro, e devido à tatuagem, perdeu o emprego.

Ele percebeu, então, a grande quantidade de pessoas tatuadas que, assim como ele, frequentavam abrigos para animais abandonados e davam suporte e carinho a esses bichos. Indignado com o preconceito sofrido por ambos, ele deu início à série fotográfica Tattos & Rescues. “A série começou como uma campanha visual para mostrar que nem todas as pessoas que têm tatuagem são problemáticas ou criminosas, assim como nem todos os animais abandonados são irrecuperáveis ou assassinos que atacam seus donos sem motivo“, explica o fotógrafo.

O resultado não podia ser melhor:

Todas as fotos © Brian Batista