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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Academia Mato-Grossense de Letras abre vaga a novo membro

Foto: Secom/MT

Casa Barão de Melgaço

Casa Barão de Melgaço

A Academia Mato-Grossense de Letras (AML), instituição quase centenária, abriu inscrições para preencher a cadeira de número dois, que já foi ocupada por Gervásio Leite e Satyro Benedicto.

Gervásio estudou no Liceu Cuiabano, diplomou-se em Direito no Rio de Janeiro em 1938, foi advogado, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), jornalista e deputado estadual constituinte em 1947.

Satyro também formou-se em Direito no Rio de Janeiro, então capital federal, foi professor de Filosofia e de Direito, tendo assumido o cargo de promotor de Justiça. O imortal foi vice-presidente da Academia de Letras.

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Cada cadeira tem um patrono que inspira os imortais à lembrança das respectivas obras, no momento da posse e das produções futuras. O patrono da cadeira dois é Joaquim da Costa Siqueira, um dos precursores da historiografia de Mato Grosso.

A Academia é formada por 40 membros e a entrada se dá por eleição da maioria dos intelectuais, sendo a titularidade vitalícia. Para o advogado, acadêmico e tesoureiro da AML, Eduardo Mahon que ocupa a cadeira 11 de Augusto Leverger, o Barão de Melgaço, a abertura da vaga é uma notícia auspiciosa.

“Há muitos intelectuais, literatos, poetas, juristas, historiadores que devem ser reconhecidos pelo tempo, pela produção na memória mato-grossense de forma definitiva. Espero que as demais vagas sejam rapidamente ocupadas, porque o que não falta é talento”.

Mahon explica que a gestão da atual Presidente Nilza Queiroz Freire, a primeira mulher a assumir a Academia Mato-Grossense de Letras, teve o grande mérito de reformar o Estatuto que tinha décadas. “Com ajuda do Prof. Benedito Dorileo, Prof. Elizabeth Madureira, Dr. Carrara e Dr. Sebastião Carlos, sob o comando da atual presidência, demos um passo a mais para facilitar o ingresso de novos acadêmicos e brindar a sociedade mato-grossense com o prazer de ouvi-los”.

Questionado pelo Olhar Conceito sobre quem poderia vir a ocupar a cadeira, Mahon desconversa: “Mato Grosso deveria dispensar a concorrência pela vaga e entrega-la ao poeta Manoel de Barros, assim como deveria ter feito com Ricardo Guilherme Dicke que era recalcitrante à hipótese de ingresso. Torço por todos, porque há brilhantes escritores como Lucinda Persona, Airton Reis, Ivens Cuiabano Scaff, Onofre Ribeiro, entre tantos outros que produzem e pensam Mato Grosso; é impossível apontar favorito. É preciso aguardar as inscrições”, finaliza.

As inscrições são realizadas na sede da Academia na Casa Barão de Melgaço, localizada na rua de mesmo nome, de 8h30 às 11h, diretamente na Secretaria, mediante apresentação de documentos pessoais e da obra publicada do concorrente. Os acadêmicos são informados da produção dos candidatos e votam pessoalmente e por correspondência.

Entre os imortais mato-grossenses, estão a crítica literária Yasmin Nadaf, a historiadora Elizabeth Madureira, o ministro do STF Gilmar Ferreira Mendes, Moisés Martins, entre outros.

*Colaborou o advogado e imortal Eduardo Mahon
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