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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Exame durante o sono pode diagnosticar problemas renais, de pressão e até causas de AVC

Foto: Reprodução

Exame durante o sono pode diagnosticar problemas renais, de pressão e até causas de AVC
Roncos, chutes à noite, insônia, sonambulismo, noites mal dormidas e sono o dia inteiro. Quem tem problemas à noite sabe que a hora de dormir – tão adoradas por tantos – pode se tornar um pesadelo (literalmente).

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O que muitos não sabem é que esses distúrbios podem ser mais do que meros probleminhas. Segundo o Dr. Anderson Batti, responsável pelo Instituto do Sono de Cuiabá, uma das causas mais frequentes dos distúrbios é a apneia acentuada, quando a pessoa para de respirar por mais de dez segundos durante a noite. Segundo o médico, 4% dos homens e 2% das mulheres da população passam por este problema.

Quem tem apneia não dorme bem. Acorda várias vezes à noite e passa o dia inteiro sonolento. Dr. Anderson afirma que 10% dos acidentes de trânsito são decorrentes de motoristas que tem apneia, mas não sabem. Além disso, ela pode causar várias doenças: “Quem tem apneia pode ter complicações cardíacas, problemas de pressão arterial de difícil solução e até mesmo AVC”, comenta o médico.



Outro problema muito comum é a movimentação excessiva dos membros inferiores. Existem dois tipos, as pessoas que mexem as pernas enquanto estão acordadas, ficam esfregando e sentem-nas arder (algumas têm até que jogar água fria nas pernas) e as pessoas que ‘chutam’ enquanto dormem.

“Esse distúrbio é chamado de PLM. A pessoa contrai as pernas e depois estica rapidamente, chutando. Se tem alguém dormindo com ela, sempre há reclamações”, afirma Dr. Anderson. O médico afirma que a PLM pode ser causada por deficiência de ferro, alterações no sistema venal, varizes profundas, problemas de coluna ou até mesmo doenças renais.

Outros distúrbios como pesadelos, sonambulismo, terror noturno e alterações do sono REM (o mais profundo) são chamados de ‘parassonias’. Isso porque eles não são distúrbios intrínsecos ao sono, mas sim relacionados à musculatura que é ativada quando não deveria ser. Para isso, os tratamentos são feitos, normalmente, com ansiolíticos. No entanto, às vezes somente a higiene do sono pode solucionar: “Dormir na hora certa, não dormir de estômago muito cheio e não ficar muito tempo sem dormir são boas dicas”, afirma o doutor.



Todas essas alterações podem ser identificadas a partir de um exame chamado polissonografia. Para isto, o paciente vai às 20h ao Instituto do Sono e dorme ali, com diversos fios em seu corpo e uma câmera que filma a noite inteira. Enquanto ele dorme, os profissionais analisam cada movimento por um software no computador, na sala ao lado.

Segundo Dr. Anderson, a noite em um local diferente do próprio quarto não é igual à noite de sono em casa, mas todas as alterações já são estudadas e levadas em conta. “Normalmente o paciente consegue dormir, mas de vez em quando podemos induzir o sono com algum remédio”, afirma Dr. Anderson.



A polissonia é um exame de diagnóstico. A partir dela, é possível identificar o que está causando as noites mal dormidas e, com isso, buscar novos exames para encontrar a causa e o tratamento necessário.

O Instituto do Sono fica na CEDIC-CEDILAB e o médico responsável, Dr. Anderson, é graduado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), especializado em distúrbios do sono pela Escola Paulista de Medicina (hoje UNIFESP) e tem título pela Sociedade Brasileira de Sono.
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