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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Mark Ronson chega ao topo das paradas em disco com parcerias com Bruno Mars e Stevie Wonder

Com participações do ídolo Stevie Wonder (tocando gaita em “Uptown’s first finale” e “Crack in the pearl pt. II”), de Bruno Mars e do líder do Tame Impala Kevin Parker (em “Summer breaking” “Daffodils” e “Leaving Los Feliz”), “Uptown special” é o mais bem acabado dos quatro álbuns solo de Mark Ronson.

— Toda vez que faço um disco, penso em algo que eu e meus amigos vamos curtir. Mas talvez houvesse mais ambições para esse, porque eu estava trabalhando com Jeff Bhasker, um surpreendente compositor e pianista de jazz. Depois, ainda chegou (o escritor) Michael Chabon, para ajudar as com as letras — relata. — Nós basicamente começamos o trabalho do zero, e as canções acabaram determinando que tipo de disco íamos fazer. Em “Uptown special”, eu queria me desafiar um pouco mais. Nele, estão as canções que eu fiz de que mais gosto. Esse disco talvez não seja tão divertido quanto “Version” (álbum de 2007) ou tenha o espírito hip-hop do primeiro álbum (“Here comes the fuzz”, de 2003), mas ele reflete o jeito como eu sou hoje em dia.

Em boa parte de suas faixas, o novo álbum de Ronson segue o modelo estabelecido por Frankie Beverly, Cheryl Lynn, Tom Browne e a S.O.S. Band: o r&b clássico oitentista que ele tocava, no início da carreira de DJ, para esquentar o clima na pista (“aquilo era algo obrigatório na noite nova-iorquina, você tinha que saber o que era”). Apaixonado por essa música que foi produzida quando ainda era criança e que até hoje serve de inspiração para o seu trabalho, ele se assusta quando vê que o colega Pharrell Williams foi condenado pela Justiça a pagar US$ 74 milhões à família do cantor Marvin Gaye por causa das semelhanças entre “Blurred lines” (que ele fez para o cantor Robin Thicke) e “Got to give it up”, sucesso de 1977 de Gaye.

— Não sei muitos detalhes sobre o caso, mas me parece que, em “Blurred lines”, Pharrell estava mais era indo atrás de um certo clima (do que copiando “Got to give it up”). Acho que, tecnicamente, ele não infringiu a lei. Toda canção meio que surge de uma influência, ninguém faz música dentro de uma bolha. É uma vergonha que ele tenha perdido os seus direitos.

Discotecando, Mark Ronson esteve no Brasil em 2007 e 2010. Ele quer voltar agora com o show do novo disco, que ainda está sendo montado.

— Eu me divirto muito toda vez que vou aí. Uma vez fui até Salvador com a minha mulher. Adoro o Brasil. Como todo bom DJ e amante da música negra, sou muito fã de Tim Maia e de toda aquela música brasileira dos anos 1970. Stevie Wonder é o meu compositor favorito, e uma das minhas músicas preferidas dele é a que fez para Sérgio Mendes, “The real thing” (de 1977, gravada com o Sergio Mendes And The New Brasil ’77) — conta Ronson, que neste ano estreou também no mundo da música para cinema com a trilha do longa “Mortdecai: A arte da trapaça” (de David Koepp, com Johnny Depp e Gwyneth Paltrow). — Pelo menos um quarto dos discos da minha coleção é de trilhas sonoras. Especialmente as dos anos 1970, de Lalo Schifrin e Quincy Jones. Eu gosto da ideia de fazer apenas trilhas, não ter que me preocupar com vocalistas ou a parada de sucessos. É apenas música inspirada pelo que eu vejo na tela. Foi uma experiência excelente.p de outras épocas é algo no qual o inglês Mark Ronson, 39 anos, veio se aperfeiçoando nos últimos tempos. Se em 2006 a roupagem 1960’s soul por ele criada para o álbum “Back to black” ajudou a chamar atenção para a voz de Amy Winehouse, agora foi a vez de ele agir em proveito próprio. “Uptown funk”, faixa do seu álbum “Uptown special”, lançado em janeiro, é um dos maiores sucessos do pop atual: desde novembro, quando surgiu nas rádios, ela passou 13 semanas no topo das paradas inglesas e sete semanas como o single mais vendido no Reino Unido. Hoje, é a canção internacional mais tocada nas rádios brasileiras e já é o single de maior permanência no topo da parada americana nesta década, também com 13 semanas. Nada mau para uma faixa cuja ambição era, se muito, prestar tributo ao tipo de r&b dançante que dominava as rádios americanas no começo dos anos 1980.

— Quer saber? Sendo bem honesto, eu nunca esperei por nada assim. A performance dos meus álbuns anteriores não foi nada parecida com isso — admite Ronson, em conversa por telefone. — Quando eu era conhecido por músicas como “Valerie” e “Bang bang bang”, meus shows reuniram umas mil pessoas, no máximo. Isso tudo agora, com “Uptown funk”, foi bem mais do que eu imaginava quando tinha 18 anos e discotecava em Nova York. E o que é mais legal é que eu não tive que me vender ou mudar para chegar ao sucesso. Fui fazendo o que eu costumava fazer, e talvez tenha ficado um pouco melhor, ao trabalhar com pessoas incríveis como Bruno Mars (cantor de “Uptown funk”). Aconteceu do jeito que tinha que acontecer.

Ronson conta que se deu conta de que estava diante de algo especial “no primeiro e no último dia” de produção de “Uptown funk”:

— Foi uma sensação maravilhosa. Estávamos tocando numa sala, Bruno na bateria e eu no baixo. Rapidamente escrevemos a letra do primeiro verso. Depois disso, trabalhamos em cima dessa música por seis, sete meses. Foi o mais duro e demorado processo de produção de uma canção pelo qual já passei, simplesmente não dava para fazer melhor do que naquela primeira noite, que foi mágica. Foi só quando o Bruno veio com a linha de baixo da introdução que “Uptown funk” começou a tomar forma. E quando nós finalmente terminamos a música e a escutamos, de braços cruzados, foi que consegui me sentir tão bem quanto naquela primeira noite.

Com participações do ídolo Stevie Wonder (tocando gaita em “Uptown’s first finale” e “Crack in the pearl pt. II”), de Bruno Mars e do líder do Tame Impala Kevin Parker (em “Summer breaking” “Daffodils” e “Leaving Los Feliz”), “Uptown special” é o mais bem acabado dos quatro álbuns solo de Mark Ronson.

— Toda vez que faço um disco, penso em algo que eu e meus amigos vamos curtir. Mas talvez houvesse mais ambições para esse, porque eu estava trabalhando com Jeff Bhasker, um surpreendente compositor e pianista de jazz. Depois, ainda chegou (o escritor) Michael Chabon, para ajudar as com as letras — relata. — Nós basicamente começamos o trabalho do zero, e as canções acabaram determinando que tipo de disco íamos fazer. Em “Uptown special”, eu queria me desafiar um pouco mais. Nele, estão as canções que eu fiz de que mais gosto. Esse disco talvez não seja tão divertido quanto “Version” (álbum de 2007) ou tenha o espírito hip-hop do primeiro álbum (“Here comes the fuzz”, de 2003), mas ele reflete o jeito como eu sou hoje em dia.

Em boa parte de suas faixas, o novo álbum de Ronson segue o modelo estabelecido por Frankie Beverly, Cheryl Lynn, Tom Browne e a S.O.S. Band: o r&b clássico oitentista que ele tocava, no início da carreira de DJ, para esquentar o clima na pista (“aquilo era algo obrigatório na noite nova-iorquina, você tinha que saber o que era”). Apaixonado por essa música que foi produzida quando ainda era criança e que até hoje serve de inspiração para o seu trabalho, ele se assusta quando vê que o colega Pharrell Williams foi condenado pela Justiça a pagar US$ 74 milhões à família do cantor Marvin Gaye por causa das semelhanças entre “Blurred lines” (que ele fez para o cantor Robin Thicke) e “Got to give it up”, sucesso de 1977 de Gaye.

— Não sei muitos detalhes sobre o caso, mas me parece que, em “Blurred lines”, Pharrell estava mais era indo atrás de um certo clima (do que copiando “Got to give it up”). Acho que, tecnicamente, ele não infringiu a lei. Toda canção meio que surge de uma influência, ninguém faz música dentro de uma bolha. É uma vergonha que ele tenha perdido os seus direitos.

Discotecando, Mark Ronson esteve no Brasil em 2007 e 2010. Ele quer voltar agora com o show do novo disco, que ainda está sendo montado.

— Eu me divirto muito toda vez que vou aí. Uma vez fui até Salvador com a minha mulher. Adoro o Brasil. Como todo bom DJ e amante da música negra, sou muito fã de Tim Maia e de toda aquela música brasileira dos anos 1970. Stevie Wonder é o meu compositor favorito, e uma das minhas músicas preferidas dele é a que fez para Sérgio Mendes, “The real thing” (de 1977, gravada com o Sergio Mendes And The New Brasil ’77) — conta Ronson, que neste ano estreou também no mundo da música para cinema com a trilha do longa “Mortdecai: A arte da trapaça” (de David Koepp, com Johnny Depp e Gwyneth Paltrow). — Pelo menos um quarto dos discos da minha coleção é de trilhas sonoras. Especialmente as dos anos 1970, de Lalo Schifrin e Quincy Jones. Eu gosto da ideia de fazer apenas trilhas, não ter que me preocupar com vocalistas ou a parada de sucessos. É apenas música inspirada pelo que eu vejo na tela. Foi uma experiência excelente.






 
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