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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Visual retrô 8-bit e 'jogo de escrever': G1 indica games indie imperdíveis

Os catálogos de games das lojas virtuais Steam, PlayStation Network e Xbox Live estão sempre abarrotados de títulos, e é fácil passar batido por algum jogo mais desconhecido quando existem tantos outros bem famosos. Pensando nisso, o G1 separou quatro games indie imperdíveis que merecem uma chance no seu videogame ou PC.

De uns anos para cá, os jogos independentes têm chamado a atenção tanto de jogadores, que sempre apreciam ótimas ideias, quanto das próprias empresas, já que essas produções possuem um custo de desenvolvimento bastante inferior aos grandes lançamentos.

Games como "Braid", "Limbo", "Towerfall" e "Journey", por exemplo, são casos de sucesso de público e crítica nos últimos anos, e pavimentaram caminho para um cenário muito mais favorável aos pequenos criadores. Caminho que segue mais vivo e forte do que nunca, inclusive para brasileiros.

'Shovel Knight'

O game de plataforma "Shovel Knight" é um ótimo exemplo da época fantástica para games em que vivemos. Uma época em que é possível se apropriar dos meios de produção antigos deliberadamente para criar um produto nostálgico, mas ao mesmo tempo com uma essência mais moderna que tantos outros.
De cara, "Shovel Knight" lembra os melhores anos de "Mega Man": visual pixelado, fases cheias de armadilhas e chefões únicos e difíceis. Mas basta notar o próprio protagonista para começar a notar as diferenças: sai um herói épico e entra Shovel Knight, um cavaleiro que empunha uma pá ao invés da espada. O bom humor é constante ao longo da partida.

Shovel Knight também pode usar sua pá para superar obstáculos, como, por exemplo, ao quicar em bolhas para não cair em um buraco. Essa é apenas uma das habilidades que ele consegue usar, e o uso do dinheiro recolhido ao longo das fases para aprender novos truques traz um ar de modernidade a um game com cara de retrô.

Lançado em 2014 para PC, Wii U e 3DS, "Shovel Knight" chegou em abril ao PlayStation 4 e Xbox One e a espera valeu a pena. As novas edições tem chefes secretos e temáticos: Kratos, de "God of War", no caso do PS4; e os "Battletoads", as tartarugas gente boa do game de plataforma do Nintendinho, no XOne.
Tem para: PlayStation 4, Xbox One, PC, PS Vita, Wii U, 3DS

'We Are Doomed'

O gênero "twin stick shooter", em que uma alavanca do controle guia a nave e a outra a direção dos tiros, até está um pouco inchada de games. Mas "We Are Doomed" é uma surpresa bem bacana graças às suas particularidades, artísticas e mecânicas.

Talvez seja a trilha sonora, que aposta no eletrônico, como no já clássico "Geometry Wars", mas com uma pegada atmosférica. Ou os cenários, que seguem psicodélicos mas de uma mais artesanal, quase ingênua. Os combates também são diferentes e intensos, e exigem que você fique perto dos inimigos, já que sua arma parece mais um lança-chamas do que uma metralhadora.

Mas o que é legal é que apesar da emergência e dos tiroteios frenéticos de games do tipo, essa combinação de elementos acaba deixando "We Are Doomed" com um clima mais tranquilo, mais zen. E a impressão que fica é que você está lutando em uma arena "lo-fi" criada com a ajuda do Paint e embalada pelas bandas Múm e Sigur Rós. Vale a checada.

Tem para: PlayStation 4, Xbox One, PC

'Elegy for a Dead World'

Lançado em dezembro de 2014, este game dificilmente encontrará concorrência com algum outro. Isso porque "Elegy for a Dead World" se aproveita da vantagem de ser indie para arriscar em um gênero inédito no mercado.
Nele, o jogador é colocado no papel de um astronauta que visita três planetas cujas civilizações há muito se extinguiram. Em cada um dos mundos, baseados em três escritores clássicos da literatura inglesa – Lord Byron, Percy Shelley e John Keats –, o explorador espacial encontra pedaços de textos que contam a história dos antigos habitantes.

A partir de tais fragmentos, cabe ao jogador escrever e completar as escrituras a partir da própria imaginação e da inspiração criada pelos belos gráficos do game. Tudo para impedir que tais povos caiam no esquecimento. Quem gosta de escrever, e de belas artes para se inspirar, deve dar uma olhada.

Tem para: PC

'Titan Souls'
Paraíso para quem gosta de "The Legend of Zelda", "Shadow of the Colossus" e até de "Dark Souls", por que não, "Titan Souls" corta fora a exploração de calabouços e se foca no prato principal dos games de aventura: chefes e mais chefes, um atrás do outro, o seguinte mais complexo que o anterior.

Seu personagem carrega apenas um arco e flecha e morre com apenas um golpe. Seus inimigos são titãs (d'oh) que também morrem com um único acerto, mas se provam muito mais letais graças ao tamanho e aos diferentes padrões de ataque.

Entender e saber reagir a esses vários comportamentos é a chave da vitória, e alguns podem se frustrar com a dificuldade do game já que não há muito espaço para erros. Porém, assim como nos games da série "Souls" e no recente "Bloodborne", quem persistir terá pela frente aquela sensação deliciosa de encontrar novos chefões, decifrá-los e depois mandá-los para o saco.

Tem para: PlayStation 4, PS Vita, PC
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