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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Alunos do IFMT desenvolvem técnica para reciclar entulhos de construções

Foto: Reprodução

Alunos do IFMT desenvolvem técnica para reciclar entulhos de construções
Alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) vêm desenvolvendo técnicas de reciclagem de entulhos. Nas aulas de Controle de Obras, estudantes descobriram como transformar restos de obras em tijolos, areia, britas e outros materiais. Os benefícios são mútuos, já que diminui a quantidade de lixo e barateia as construções que utilizam o novo material.

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Juzélia, professora do IFMT, afirma que a forma mais fácil de obter os materiais reciclados é quebrando ainda mais os já sem utilidade. Desta forma, uma viga pode se transformar em areia para construção e telhas e tijolos podem virar pedras britas.
As dificuldades, no entanto, são estruturais. O Instituto adquiriu recentemente uma britadeira, mas carece de outras máquinas, como uma que reciclasse isopor para transformá-lo em tijolo. “Os próprios alunos propõem ideias: ‘eu quero fazer isso, desejo fazer aquilo’, e a gente dá o apoio que pode”, relata Juzélia.

Uma das alunas, Thaís Lima, sugeriu por exemplo acrescentar tinta nos blocos reciclados. Desta forma, não seria mais necessário rebocar ou pintar e finalizar a parede, diminuindo os custos da construção.

Os produtos são seguros e foram utilizados, por exemplo, na casa da própria professora. A única contra-indicação é a utilização em fundações ou vigas de sustentação. “É preciso estudar, entender os procedimentos. É seguro se você usar uma metodologia que já foi testada, comprovada cientificamente. Não é só quebrar e misturar, isso nem com os naturais”.

Como reconhecimento deste trabalho, muitos jovens já participaram e foram premiados em eventos nacionais e internacionais de inovação tecnológica. Além disso, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram analisar os benefícios térmicos do tijolo.

Os estudos facilitam cerca comunicação com a indústria: “Tudo o que nós fazemos aqui é industrial, é voltado para o
mercado. Se algum empresário se interessar, a nossa tecnologia já está pronta para a indústria”, finaliza Juzélia.
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