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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Marijuanaman

'Não há diferença entre Brasil e Jamaica', diz Ziggy Marley


Ziggy Marley durante show no Brasil em 2011 (Foto: Daigo Oliva/G1)


O filho mais velho de Bob Marley, de 44 anos, é também o mais premiado músico entre os herdeiros do maior nome do reggae. Ziggy Marleyx tem cinco troféus do Grammy em sua estante – contra três do irmão Damian –, com sete álbuns solo já lançados e 13 com o grupo Melody Makers. “In concert”, lançado no início de 2013, é a base da turnê que o traz de volta ao Brasil. Ele canta em Belo Horizonte nesta quinta-feira (11), e depois vai para Porto Alegre (12), Florianópolis (13), São Paulo (14) e Rio (16).

Visitar o Brasil não é muito diferente de voltar à sua nativa Jamaica, como Ziggy conta por telefone ao G1. “O amor pela música é a grande similaridade entre os países. Não há diferença entre os dois lugares. O povo é igual”, explica o cantor. Seu lugar preferido no país é a Bahia. “Lembra muito a Jamaica”, conta o músico, que se mudou do Caribe para os EUA. Ele tocou em Salvador em 2011, mas desta vez não passa pela cidade.

Poucos dias antes da entrevista, Ziggy postou imagens suas no estúdio em Los Angeles e anunciou colaboração com o rapper Akon. Mas a turnê brasileira não terá músicas novas. “Tocaremos algumas que nunca toquei no Brasil antes. Mas não inéditas. Meu disco novo vai sair em 2014. Estou animado com ele, experimentando, não tenho nada certo ainda”, diz.

Outro lançamento do início de 2013 de Ziggy Marley é o livro “I love you too” – nome de uma de suas músicas. Contar histórias para a filha Judah, de três anos – um dos seis rebentos de Ziggy –, foi o ponto de partida para o trabalho, também fruto do álbum infantil “Family time”, de 2009. “A experiência de ser pai gerou o livro. Amo as crianças. Gosto de conversar, de cuidar delas”, diz sobre a inspiração para o lançamento, incialmente em formato digital. Ele não é o único cantor famoso a lançar um livro para crianças: Madonna, Sting e Bob Dylan já o fizeram.

A empreitada anterior de Ziggy pelo mercado editorial foi como coautor de “Marijuanaman”, quadrinho de um super-herói do planeta em que a THC (tetraidrocanabinol) está em extinção. O herói busca evitar o fim das plantações de maconha na Terra. A história mira o público adulto, mas o cantor não vê problema em falar sobre o tema para crianças, inclusive seus filhos.

“Não falo com eles [filhos] sobre o fumo, falo sobre a planta da maconha e seus diferentes usos para se fabricar óleos, tecidos, para construção. Não falo do ângulo do cigarro, e estou falando a verdade – a maconha pode ser uma planta útil”, explica o músico. O pai de Ziggy, Bob Marley, era defensor da maconha. “Era natural vê-lo fumar. Como você ver uma pessoa mais velha bebendo álcool. Você pode ver alguém bebendo cerveja. Há diferentes culturas, era normal para nós”, explica.

No disco mais recente, Ziggy canta “War”, do repertório do seu pai. Quando criança, ele acompanhava os ensaios do pai com os Wailers. “A música era levada muito a sério”, diz ele sobre a principal lição deixada naquela época. Além do pai, outro ídolo musical ao qual Ziggy costuma ser relacionado é David Bowie. O próprio cantor britânico já pensou que o apelido do cantor – cujo nome de batismo é David Nesta – pudesse ser uma homenagem a seu personagem Ziggy Stardust, criado quatro anos depois do nascimento do jamaicano. “Encontrei Bowie em Nova York há alguns anos e conversamos, rimos disso. Ele não ficou desapontado, só achou engraçado”, lembra Ziggy.
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