Trinta e dois recuperandos participaram de uma confraternização realizada pelos servidores da educação na última sexta-feira (18), no pátio da Secretaria de Educação (Seduc), no Centro Político Administrativo. Durante um almoço, servidores e reeducandos comemoraram um ano em que trabalharam em harmonia.

Trabalhando na área de serviços gerais da secretaria, os reeducandos recebem salário mensal e a cada três dias trabalhados, reduz um da pena. A parceria é feita entre a Seduc e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.
No caso de R. P. S, é a primeira vez que desempenha essa função. Já atuou na cozinha do Pascoal Ramos e na cozinha do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).

“Estou agradecido pela acolhida de toda a equipe da secretaria, que está nos dando essa oportunidade, ampliando nossas chances de nos regenerarmos. Espero cada vez mais unir forças e vencer. As dificuldades não vêm só da comunidade, às vezes também enfrentamos por parte da nossa família. Então, precisamos reunir forças para vencer as etapas”, destacou, representado os demais colegas.

Leia mais:
Complexo Pomeri promove Festival das Culturas com música, teatro, artes visuais, dança e mais
31ª Bienal recebe visita dos adolescentes do Complexo Pomeri durante esta semana

Assim como a maioria deles, ele tem momentos de confraternização há muitos anos. No caso de R.P., falta um ano e meio para ganhar liberdade e esquecer essa fase difícil: “Hoje não, mas já passei. Esse almoço, o carinho dessas pessoas, são coisas que vão me marcar muito. Assim como está sendo também uma experiência única para mim e imagino para os demais, trabalhar aqui na Seduc”.

Valdirson Pires, coordenador de Apoio Logístico que liderou a ação junto aos servidores da Seduc, comemora: “Estou com meu coração sorrindo porque na verdade a diferença está só no trabalho, mas na questão da consciência e como trabalhadores são iguais a nós. Perfeito ninguém é, todos precisam de uma chance”, frisou Pires.

Já a secretária adjunta de Administração Sistêmica da Seduc, Juliana Formiga, destacou que não há preconceito: “É uma oportunidade de eles reverem os atos e não cometerem mais, e que servem para nós. E, ainda, para que vejam como perspectiva de mercado, de trabalho, de recomeço”, explicou.

Os servidores também doaram materiais de higiene pessoal, limpeza, roupas e calçados, que serão entregues às assistentes sociais das penitenciárias para que elas façam a triagem e entreguem.