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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Política Cultural

CASA DAS REDES

Organização de coletivos e conquistas dos movimentos sociais mostram um "novo mundo possível"

Foto: Lidiane Barros/OC

No início foi exibido um mini doc sobre os avanços das redes organizadas

No início foi exibido um mini doc sobre os avanços das redes organizadas

As cidades são um campi de formação livre em que todos aprendem e a soma das diferenças recria conexões, dos griôs dos terreiros aos hackers. Um universo tomado por narrativas e vivências que se fortalecem e tomam vulto quando a sociedade se organiza. Um novo mundo possível.

Encontro apresenta bandas que incursionam por ritmos populares e fazem experimentações
Comunicação colaborativa produzida por coletivos vai além dos noticiários da TV

Essa foi a tônica da cerimônia de lançamento da Casa das Redes, em Brasília, um lugar que vai abrigar pessoas em busca de seus sonhos e que estiverem de passagem pela cidade e vai ser um espaço de formação da Universidade das Artes que está se concretizando e de intermediação entre coletivos de todo o país, dos que atuam na cultura digital aos povos da floresta. Uma casa criativa e uma estação digital que reúne os mais de 250 coletivos quem compõem o Fora do Eixo que começou atuação no setor musical e se irradiou pelos movimentos sociais.

Como em todos os três dias de discussão - que termina nesta quinta-feira (20) - o levante popular que levou às ruas cidadãos indignados e lutando diversas causas que não mais se restringiam a apoio aos manifestantes que discordavam do aumento da tarifa em São Paulo e a aprovação da “cura gay” pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados pontuou a fala das autoridades presentes.

Dentre eles, a presidente da Comissão de Educação e Cultura, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o secretário Executivo da Secretaria Geral da República, Diogo de Santana e o secretário de Política Cultural do Ministério da Cultura, Américo Cordula.

O cuiabano Pablo Capilé que atuou no desenvolvimento de grande parte das ideias do Fora do Eixo e junto aos parceiros criou uma universidade e um partido político informal, destacou que a Casa das Redes é um grande momento, pois a ideia acompanha um período de consolidação que se maturou em por quase 15 anos. “Antes os setores não dialogavam. Era música com música, literatura com literatura e por aí vai. Mas aí as pessoas passaram a perceber que podia se conectar e surgiram aí os coletivos. Quando eles se conectaram, foram criadas as redes”.



Como o nível de conexão aumentou, Pablo explica que tiveram que ser pensados aplicativos necessários para pensar temas transversais. “Dessa necessidade de formação foi construída a Universidade de Cultura para conectar processos de formação. Mais tarde, foi necessário criar um Partido da Cultura que unisse os espaços de articulação de cada uma dessas redes. Depois, ao pensar como essas redes iam sobreviver é que o Banco da Cultura, responsável pelas trocas solidárias”.

A ideia é dialogar com a juventude e trabalhar em sua formação com esses novos repertórios. ”O fenômeno das ruas é resultado disso”, exemplifica. ”A Casa das Redes vai dar continuidade à mobilização e aglutinar mais esforços. Uma embaixada global de um novo mundo possível”.
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