Imprimir

Notícias / Artes visuais

Governador sanciona “CPF da cultura” durante abertura da Irigaray Arte Cidade

Da Redação - Jardel P. Arruda

 “Agora é lei. E lei tem que ser cumprida”. Assim resumiu o governador Pedro Taques (PSDB), sobre a sanção do “CPF da Cultura”, mais a entrada de Mato Grosso no Sistema Nacional de Cultura, realizadas durante a abertura da exposição Irigaray Arte Cidade, na noite de quarta-feira (27), no Palácio da Instrução. O conjunto de quatro leis foi definido como um “marco legal” para a cultura no Estado. O CPF define o novo Conselho Estadual de Cultura, o Plano Estadual de Cultura e o Fundo Estadual de Cultura e a expectativa é de uma revolução no setor em Mato Grosso.

Leia mais:

Vídeo-instalação e documentário fazem parte da mostra Irigaray Arte Cidade

“Isso significa um aumento significativo dos recursos para cultura, a vinculação a receita tributária líquida, ou seja, o setor vai poder se planejar, se programar. Significa a democratização, significa a descentralização, significa uma distribuição mais igualitária dos recursos, para as atividades, para o fomento, o estimulo, para a preservação da cultura, tanto na Baixada Cuiabana quanto nas mais diversas regiões de Mato Grosso”, comemorou o secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho.

Os recursos serão ampliados em 0,1% ao ano até chegarem a ordem de 0,5% da receita líquida do Estado até 2019. Esse dinheiro não poderá ser usado para custeio e folha de pagamento, somente para ações finalísticas da cultura, como projetos e manutenção de equipamentos.

Para o secretário, isso será como quintuplicar os recursos, uma vez que atualmente a Secretaria de Estado de Cultura é de 0,2% da receita corrente líquida – um dos menores do Brasil -, com os valores comprometidos com o custeio da pasta com folha de pagamento e outras atividades que não são finalísticas.

CPF na Exposição

A decisão de sancionar o CPF e a integração ao Sistema Nacional de Cultura durante a abertura da Irigaray Arte Cidade veio do governador Pedro Taques. Segundo ele, esse era o momento de tirar um ato tão importante para um setor das paredes frias e redomas palacianas.

“Quero ser lembrado como um governador que deu prioridade para a Cultura”, afirmou. Ele ainda contou que a Secretaria de Estado de Fazenda se posicionou de forma contrária a ampliação dos recursos para a Cultura. “Aí eu perguntei, teremos mais recursos para estradas? Me responderam que sim. E eu perguntei de novo: Então por quê não teremos mais recursos para Cultura?”, lembrou.

A Irigaray Arte Cidade é o primeiro evento no Palácio da Instrução pós realização da Bienal de São Paulo. A exposição conta com obras inéditas do artista plástico Clóvis Irigaray, um dos maiores expoentes das artes plásticas mato-grossense.

O acervo exposto revisita a trajetória de Irigaray além de apresentar obras novas e um documentário sobre o homenageado, idealizado pela cineasta Isabella Marimon. Junto com o documentário estará uma vídeo instalação, (Com)Fusão Arte Cidade, idealizado por Carol Marimon, João Carlos Fincatto e Theodora Charbe.

Participa ainda da mostra, um grupo de sete artistas que assim como Irigaray, propõem a interação entre a arte e a cidade, em suas mais variadas formas e linguagens. São Babu Seteoito, Elias de Paula, Heitor Magno, Luís Segadas, Marcus Levy, Rai Reis e Renato Campello.

A mostra segue até o dia 24 de abril, de terça a sexta-feira, das 8 às 20h e aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 18 horas. A entrada é gratuita.
Imprimir