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Luciana Bonfim apresenta a fina flor do samba pelo projeto Música no Jardim do Sesc Arsenal

Da Redação - Lidiane Barros

As novas apresentações da cantora Luciana Bonfim contam com uma produção primorosa, não só na configuração do show para “fisgar” a plateia, como também, porque este é um momento de estudo, de pesquisa.

No show Pequiá - dedicado à Música Popular Brasileira, especialmente o samba, que ela apresenta neste sábado (29), às 20 horas, ela conta com a direção e arranjos do incrível Joelson Conceição, que também assume o violão – com a propriedade que lhe é peculiar – e ainda, fica na companhia dos músicos de talento reconhecido, Sandro Souza (bateria) e Wellington Berê (baixo).

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Além de bem acompanhada em palco, Bonfim pôde se munir de composições de amigos, como o próprio Joelson da Conceição, Helio Flanders e Estela Ceregatti. Os eternos Cartola, Adoniran Barbosa, Noel Rosa, Chico Buarque e Paulinho da Viola também entraram no repertório.

“Esse show é o caminho que o disco está trilhando. Estamos em fase de experimentação e os meninos estão pesquisando sonoridades para que consigamos construir o som que queremos para o trabalho”.

A apresentação é parte do projeto Música no Jardim, e tem entrada franca. “Não é a primeira vez que me apresento no jardim. Se não me engano, já é a terceira vez. A primeira foi há ‘milhões’ de anos atrás com uma banda de soul que eu era a vocalista. O jardim do SESC é lindo! Sempre que encontro artistas em circulação eles dizem que é de longe o Sesc mais bonito do Brasil. Eu, “cuiabaníssima”, vou logo acreditando, ‘numtéim?’

E é um prazer fazer um show autoral num lugar tão bonito e em contato tão próximo como público. Vai ser um show lindo, delicado, forte e quente”.

O concerto musical “Pequiá” é um show que reúne canções de diversos compositores, incluindo, em sua maioria, composições da própria artista. Luciana traz ao palco, a sonoridade ímpar, criada com a mistura muito particular do samba feito com instrumentos típicos regionais.

O show pretende mostrar um pouco dessa deliciosa mistura e como acontece essa conexão, de um ritmo tão brasileiro que extrapola suas fronteiras com infindáveis possibilidades.

O nome "Pequiá", vem de um dos diversos nomes que tem nosso "pé de pequi" que também é conhecido como: pequi, piqui, grão-de-cavalo, amêndoa-de-espinho, piquiá-bravo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari e piquiá. "Pequiá" é uma homenagem ao trabalho que a artista vem desenvolvendo e já registrando em estúdio.

Ultimamente, dividindo as tarefas entre a música e “cria”, ela tem se apresentado no estudado muito, se apresentado no Sesc Arsenal, Chorinho e rodas de samba pela cidade. Sesc, Chorinho e em algumas rodas de samba pela cidade. “Não consigo ficar longe”.

“João é o menino mais lindo e bonzinho deste mundo! Acho que Deus me deu ele assim, tão lindo, para me ajudar mesmo. Ser mãe do João é uma alegria tão grande que acho que não sei ser outra. Ele me deu a força que se deve ter para lutar. João é o que move meus sonhos agora”, diz suspirando.

Mas a doçura dá lugar à uma criticidade quase que ácida. “É uma pena que Cuiabá não tenha uma casa de shows ou um teatro com qualidade e preços acessíveis para receber os artistas de sua terra. Apresentações como esta do Sesc por exemplo, não sei como aconteceriam se não fosse lá. Acredito muito no potencial de cada artista dessa terra. E acho muito triste que nós não tenhamos apoio, espaço. É até cansativo. São as mesmas reclamações de sempre. Mas eu vou é mexer meu doce. As mudanças estão começando”, diz otimista.

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