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Notícias / Artes Cênicas

Falando sobre a proximidade da vida com a morte, espetáculo viaja a Vila Bela e Cáceres nesta semana

Da Redação - Isabela Mercuri

A proximidade da morte com a vida é o mote da peça “OraMortem”, que circula tanto pelo estado de Mato Grosso quanto pelo Brasil neste ano. Realizado pelo in-Próprio coletivo, o espetáculo será exibido na próxima quarta-feira (13) em Vila Bela da Santíssima Trindade, depois segue na sexta-feira (15) para Cáceres.

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De acordo com a assessoria, a história é inspirada em um delírio da avó de Daniela Leite, uma das idealizadoras do projeto. Ela, uma mineira de 90 anos, ficou viúva e em 2011 passou a ter desvarios e imaginar que ainda era jovem. “Ela passou por uma cirurgia de catarata e, possivelmente devido ao uso de anestésicos somados às fragilidades emocionais daquele período, passou a ter delírios. Acredita ser jovem, como numa mudança brusca de percepção do tempo”, explica a neta.

Assim, usando um espelho d’água como recurso de segunda dimensão visual, OraMortem tem no elenco a iluminadora Karina Figueredo e os músicos Estela Ceregatti, Jhon Stuart e Luiz Gustavo Lima, que são performers do espetáculo.

Daniela encena a peça ao lado de Pedro Vicente, num papel que fora de Felipe Vicentim, jovem ator que sofreu complicações de uma pneumonia e faleceu antes mesmo de encenar a peça no Palco Giratório e de iniciar o Circula MT.

Junto às apresentações, o inPróprio Coletivo oferece, também, a oficina “Corpo e Luz: Experimentações de Grafias no espaço”, na Escola Verena Leite de Brito, em Vila Bela, das 9 às 12 horas. Em Cáceres, a oficina será no dia 16 de julho, das 9h às 12h, na Unemat. A entrada é gratuita.

Logo depois, o grupo continua a viagem por 25 cidades brasileiras pelo Palco Giratório. “Já na segunda etapa vamos seguir o curso do rio das Mortes até desaguar no rio Araguaia, nas cidades de Primavera do Leste, Nova Xavantina, culminando em São Félix do Araguaia. O critério para a escolha destas cidades foi a proximidade com as águas que as atravessam, circundam e invadem, assim como cada uma delas derrama, transborda e se refaz em seus rios. Só um edital como o Circula MT nos proporcionaria a oportunidade de colocar em prática este conceito”, declara Daniela.
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