O mundo da música é tão cheio de idas e vindas que, muitas vezes, nomes promissores acabam ficando pelo caminho e não conseguem a repercussão merecida. Até o mês passado, o caso de Marcello GuGu parecia ser mais um desses.

Um dos organizadores da seminal Baralha da Santa Cruz, duelo de MCs que serviu para agitar a cena do rap paulistano no fim da primeira década dos anos 2000, Marcello sempre mostrou enorme habilidade para desembaralhar as palavras em freestyles poderosos. Não à toa, venceu incontáveis batalhas e acumulou alguns títulos.

Contudo, ao contrário de Emicida, Projota e Rashid, outras figuras marcantes do evento, Marcello não havia "passado de fase". Nunca chegou a lançar material próprio e, talvez por isso, não conseguiu maior projeção para um público mais amplo.

Se o problema era a falta de canções gravadas, agora não é mais. Marcello lançou a mixtape "Até que enfim GuGu", que tem 17 faixas mais 7 bônus e está disponível para download.

O trabalho começa com "Gill Scott Heron", uma falada homenagem ao mestre do spoken word soul. Daí em diante, o bem produzido disco segue mantendo o bom nível da nova geração que está escrevendo o seu nome nos muros do rap nacional.