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Em Cuiabá, funcionária da Azul relata como venceu batalha contra câncer de mama: “50% é psicológico”; veja

Da Redação - Wesley Santiago

Maria de Cássia Oliveira Conceição, funcionária da Azul Linhas Aéreas, relatou nesta segunda-feira (30) aos passageiros da companhia como venceu a batalha contra o câncer de mama. Ela entrou em algumas aeronaves para mostrar a importância do autoexame e mostrar que com muita força de vontade, é possível vencer a tão temida doença. “Costumo dizer que 50% do caminho é preparar o psicológico, o outro restante é com os remédios”, avalia.

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A reportagem do Olhar Conceito acompanhou um dos ‘speeches’  realizados dentro de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas, que saia de Cuiabá com destino a Vilhena (RO). Os passageiros aplaudiram Maria de Cássia, que relatou a importância de se informar sobre a doença, que tem chances altas de cura, se diagnosticada em seu início.


 
Maria de Cássia, que é funcionária da Azul há quatro anos, descobriu a doença em 2014: “Descobri o câncer na data do meu aniversário de 39 anos, quando foi constatado que eu tinha a doença. Foi um baque, mas conversei com Deus e decidi encarar o tratamento. Na segunda consulta, após eu ter confirmado o diagnóstico, [o médico] disse que primeiro eu tinha que entrar com o tratamento oncológico que não é fácil. Principalmente para as mulheres, que não querem perder o cabelo”.
 
Ao todo, foram oito sessões de quimioterapia feitos durante seis meses. Depois, Maria passou pelo procedimento de mastectomia [excisão ou remoção total da mama] total, com reconstrução com prótese: “Depois disto, teve um ponto de necrose na mama, mas enfrentei mais este obstáculo. No intervalo disto, fiz mais 28 sessões de radioterapia e aí reconstruí a mama com o tecido do abdômen”.
 
“É algo mais doloroso, ainda teve outro ponto de necrose, precisei voltar para a mesa de cirurgia. Fiz um tratamento hiperbárico, que me fez muito bem e tudo deu certo. Ainda tenho alguns ajustes, questões estéticas, mas consegui superar o problema. Da primeira cirurgia até a última foram seis meses. Foram quatro cirurgias neste tempo. No dia 17 de novembro tenho outra cirurgia, desta vez para a reconstrução do mamilo e auréola”.
 
O mais importante, segundo Maria, é preciso encarar a situação e o tratamento: “Não adianta ficar se questionando do porque. Descobri o diagnóstico através do autoexame, que é de absoluta importância. Na época, eu tinha 39 anos e a mamografia é indicada a partir dos 40 anos. Você mesma fazendo o exame, consegue descobrir. Se eu tivesse esperado, não estaria aqui”.
 
Maria mora em São Paulo e esteve em Cuiabá para contar a sua história nos voos que partiam da capital mato-grossense. Além de tudo, ela agradece a companhia pela apoio que deu durante o tratamento: “Estou adorando poder compartilhar o que vivi com os passageiros nesta campanha do Outubro Rosa”.
 
“Sou casada há 23 anos, tenho dois filhos, sendo um de 24 e uma menina de 10. Estiveram todos do meu lado. Tenho a agradecer por ter superado tudo isto e estar bem. Se abaixar a cabeça não consegue. Costumo dizer que 50% do tratamento é psicológico, o restante é a medicação”.
 
A coordenadora administrativa Rosângela Evangelista, que estava no voo, parabenizou a companhia pela campanha e destacou a importância da informação: “Acho de suma importância ter campanhas como esta. Porque serve de incentivo para outras pessoas que podem estar vivendo a mesma situação e não conseguem ver uma saída. Quando tem um depoimento de alguém que conseguiu vencer esta situação, este desafio, serve de incentivo para outra pessoa”.
 
“Estamos muito felizes em poder proporcionar que mulheres que venceram o câncer de mama entrem em aeronaves da Azul para compartilhar suas histórias e falar da importância da prevenção e do autoexame. Sempre foi nosso desejo fortalecer ainda mais nossa atuação social na campanha do Outubro Rosa e queríamos usar o poder da aviação para atingir o número máximo de Clientes com esse propósito”, explica Claudia Fernandes, diretora de Marketing e Comunicação da Azul.
 
A bordo
 
Além das já tradicionais aeronaves na cor-de-rosa (um Embraer 195 e um ATR 72-600), nas linhas de ônibus da Azul, que ligam Campinas a algumas cidades do interior de São Paulo e à capital, um ônibus nas cores da campanha também circulará. Em alguns voos da empresa, a Azul terá também uma tripulação exclusivamente feminina, formada por 42 comissárias e 50 pilotos, que representarão a causa trajando o uniforme na cor símbolo da campanha. O rosa estará presente também em todas as 1407 agentes de aeroporto e em todas as 1963 demais comissárias da Azul, que utilizarão um lenço rosa exclusivo da ScarfMe.
 
O serviço de bordo contará com as tradicionais balinhas de gelatina, que ganham nessa época uma versão rosa com sabores especiais. Ainda, entra para a cesta de snacks um integral de maçã e canela, uma edição limitada com a embalagem cor-de-rosa para adoçar os voos. O guardanapo será alusivo ao tema da campanha: Quem se cuida, voa mais longe. Por fim, informações sobre cuidados e detecção precoce do câncer estarão presentes na nossa TV a bordo e na Azul Magazine.
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