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"Encantador de bicho”, guia de turismo conversa com animais e até brinca com jacarés no pantanal

Da Redação - Vitória Lopes

Um fenômeno da natureza acontece toda vez que turistas visitam o pantanal, na rede Hotel Mato Grosso. Como não bastasse ser guia de turismo, canoeiro e violeiro, Josué Lopes Ferreira, que atende pelo nome de “Peixinho”, também é “encantador de bicho”, conversando e interagindo com todos os animais regionais que aparecem ao longo do pitoresco passeio pelos rios.

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Jacarés, ariranhas, tuiuiús, martins-pescadores e garças são todos amigos de Peixinho – ele inclusive, apelidou alguns deles de “Neymar”, “Dragão” e "Cicarelli". A habilidade com a fauna local é natural, segundo ele, que conta ter se criado na roça. No Youtube, seus vídeos provam os relatos e Peixinho aparece deitado no chão, acariciando jacarés, conversando com ariranhas, chamando gaviões, etc.

Há 27 anos trabalhando na rede – que engloba os hotéis Águas Quentes, Mato Grosso Palace Hotel, Paiaguás, Hotel Fazenda Mato Grosso e Pantanal Mato Grosso Hotel -, Peixinho sempre teve um contato muito íntimo com a natureza. O conversador de bicho conta que é a partir dessa interação, que ele consegue potencializar a experiência daqueles que conhecem o pantanal pela primeira vez.

“Gosto do que eu faço e do lugar que eu moro, e de ficar perto da natureza. Nós tratamos a natureza com todo o carinho nesse tipo de trabalho, para alegar o passeio e compensa-lo, para os hóspedes ficarem mais felizes na saída do que na chegada do hotel”, conta.

Não tem segredo para falar com os animais, a não ser paciência. Peixinho também conta que, em respeito máximo, não alimenta os animais, no máximo dá um agrado para conquistar a confiança deles. “Nós temos que ter paciência. Tem gente que começa a falar com o animal, e ele não entende, e já fala ‘ah, larga pra lá’. E eu não, eu vou insistir, persistir e não desisto até o dia passar e ele me entender”, garante.

Típica daquelas situações de só “ver para crer”, os visitantes vão ao delírio toda vez que Peixinho pede para um gavião mergulhar, quando ele passa a mão em um jacaré ou pede para uma garça se aproximar. E os bichos obedecem, religiosamente.

“Os turistas se emocionam muito. A gente percebe que eles estão sonhando naquele momento, parece que não acreditam no que estão vendo. Por exemplo, já aconteceu de pessoas tentar tirar a foto de uma garça e não conseguir, porque está distante. E eu digo ‘não se preocupe, vou chama-la’. Ai o visitante fica pensando, chamar como? E eu falo ‘fulano, vem aqui!’ e ele chega pertinho da gente”.

Veja os vídeos:

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