O in-Próprio Coletivo compartilha com o público o seu novo processo de pesquisa e criação cênica, o “in-Próprio para Dinossauros”, em curta temporada na quinta-feira (14) e sexta-feira (15), no teatro do SESC Arsenal.
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A partir da escuta da trajetória de vida de mulheres que se colocaram a pensar e enfrentar essas questões insurge “in-Próprio para Dinossauros”, desenvolvido por meio do projeto Narrativas em Cena do SESC Arsenal.
Em seu texto, cenas e imagens, corpos e vidas reais são transportados para o palco, narrando vivências, experiências, medos, julgamentos e amenidades cotidianas. Enlaçadas a essas existências, almas femininas. Arraigadas à memória de quase todas elas, a opressão. Florescente na consciência das que compartilharam suas histórias, a resistência.
Para o coletivo, “o impulso vital desse projeto é produzir uma ode à desobediência dos códigos jurássicos que insistem em dizer sobre quem somos e o que desejamos.” Sobretudo aos códigos, pequenas e grandes violências impostos aos corpos e existências femininas. O incômodo transbordou e quis ser ressignificado através da arte. Os dinossauros dos dias atuais seguem a impor caixinhas de classificação, inquestionáveis modos de vida, de comportamento, e a incinerar a autonomia feminina.
A equipe é formada pelas artistas Daniela Leite, Karina Figueredo, Juliana Segóvia, Karola Nunes, Neriely Dantas e Any Luz. Colaboração artística de Luiz Gustavo Lima, consultoria Maria Elisa Rodrigues, figurino assinado por Einstein Halking, produção de Larissa Sossai e ilustrações de Hugo Alberto.
O in-Próprio Coletivo
Formado em 2014, o coletivo já nasceu in-Próprio: seu projeto primeiro chegou revolvendo o profundo e lânguido tecido da memória na premiada experiência “OraMortem”, que circulou o país pelo Projeto SESC Palco Giratório 2016 e extasiou público e crítica.
Em uma reflexão e intervenção sobre e na cidade, circularam por todo o território da Amazônia Legal, pelo projeto SESC Amazônia das Artes 2017, com a performance “Não Cabe Mais Gente!”.
Sinopse
in-Próprio para Dinossauros
A principal relação de afeto que podemos estabelecer com os dinossauros se dá pela via da ficção. Ficcionalizar é dar condições de existência e, nesse caso, de enfrentamento ao que chamamos de realidade. A dimensão e verticalidade dos gigantescos répteis que se encontram nos museus e nas narrativas cinematográficas são como monumentos que afirmam as falotopias do discurso científico.
Seus fósseis, compostos do mesmo carbono da nossa corporeidade sugerem metáforas para um tempo-período em que os cenários e as relações estão significados como algo estático, naturalizado, imutável. A partir da escuta da trajetória de vida de mulheres que se colocaram a pensar essas questões, o in-Próprio Coletivo propõe uma obra que alia a aproximação entre as narrativas autobiográficas e o exercício autoficcional. O impulso vital desse projeto é produzir uma ode à desobediência dos códigos jurássicos que insistem em dizer sobre quem somos e o que desejamos.
Serviço
Dia: 14 e 15/06 (quinta e sexta)
Hora: 20h
Local: Teatro SESC Arsenal
Entrada franca: ingressos serão distribuídos a partir das 19h.
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (65) 98112-0169 / 9 8105-2449
Ficha técnica:
Impulso e engrenagem de criação: in-Próprio Coletivo
Estratégias de direção e atuação: Daniela Leite e Karina Figueredo
Perspicácias em concepção de vídeo: Juliana Segóvia e Neriely Dantas
Sagacidades em concepção sonora: Karola Nunes
Arquitetura de iluminação: Karina Figueredo
Engenharia de texto: Daniela Leite e Luiz Gustavo Lima
Astúcia dramatúrgica: Any Luz Correa
Desobediências cenográficas: Daniela Leite e Karina Figueredo
Investigação e concepção de figurino: Einstein Halking
Expertise em provocações literárias: Maria Elisa Rodrigues
Táticas de produção: Larissa Sossai
Artimanhas de comunicação: Thayana Bruno
Abstrações ilustrativas: Hugo Alberto