Um computador virtual, ligado a uma nuvem ou a um servidor, que não ocupa espaço, não tem fios infinitos, trava menos e é mais eficiente. Esta é a promessa do ‘Virti’, criado pela empresa cuiabana Awati Tecnologia, pelas mãos de Daniel Grabert, 34 e Vanessa Campos, 32.
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A ideia surgiu em 2017. Segundo Daniel, o objetivo era “ter mais segurança e um valor mais baixo, prezando pela economia”, contou ao
Olhar Conceito. “Isso foi crescendo, novas ideias vieram, e a gente começou a trazer mais coisas e enxergar coisas que a gente não via antes, inclusive, como a eficiência, sustentabilidade, redução de descarte de material eletrônico, de emissão de carbono na atmosfera, a questão do gerenciamento centralizado, de condensar tudo num lugar só...”.
Com tudo isso em mente, eles queriam criar um aparelho que funcionasse como um gabinete (ou CPU), mas que pudesse ser atualizado e trocado internamente, sem ser necessário comprar outro a cada mudança – como acontece com os computadores tradicionais.
A base do Virti é a nuvem. Ou seja, todo o sistema pode ficar online, o que dá a possibilidade de, por exemplo, aumentar e diminuir a memória quando quiser. “O Virti pode até usar o servidor também, mas ele vai usar a nuvem como grande. Toda segurança, toda tecnologia, toda imensidão da nuvem que tem. Não precisa mais de um Data Center enorme, junto com um computador que vai ser jogado fora depois”, garante Grabert.
Por existir a possibilidade de ligar o Virti também a um servidor, Daniel garante que ele pode ser usado até mesmo por empresas que têm uma internet deficitária. “[Mas] A nuvem é melhor por conta da quantidade de possibilidades que ela dá. A empresa, por exemplo, pode crescer e diminuir rapidamente os recursos. Pode colocar mais postos de trabalho, mais computadores pra funcionar de forma temporária, e após este período, reduzir de novo. Sem precisar mobilizar grande capital”, explica.
O aparelho ‘Virti’ custa cerca de R$500, e, depois de instalado, é necessário fazer como uma assinatura da nuvem. Não é necessário trocar de aparelho. “Ele é bem dinâmico, mas pode atualizar, como se estivesse trocando de computador sempre”, explica Vanessa. “Uma grande vantagem sobre o computador tradicional, é que neles, quando você vai fazer um upgrade, você tem que chamar alguém, o seu serviço vai ser interrompido naquele momento, você tem que comprar peça, fazer um planejamento, porque pode dar errado e você tem que reverter... e aqui [com o Virti] não. Com alguns poucos cliques você aumenta quanto quiser e usa determinado tempo, e a partir do momento que não precisa mais, reduz de novo”, completa Daniel.
Em relação à segurança, os criadores explicam que o Virti é mais seguro porque o sistema fica inacessível enquanto as pessoas não estão trabalhando. “Você imagina que, por exemplo, hoje o funcionário de TI está numa área definida dentro da empresa. E durante a madrugada, por exemplo, que é quando acontece mais ataques, a pessoa não vai estar lá pra ver. Quando vê, chega no outro dia e já ocorreu um desastre. E aqui é muito simples: a gente desliga os recursos quando você não precisa, e além disso você ganha uma economia com isso, e não está exposto no momento em que não está utilizando”.
Outro ponto positivo em relação ao Virti – e que o diferencia, por exemplo, dos ‘terminais burros’ – é que a empresa não vai entregar somente um aparelho, e sim o serviço. “A gente vai entregar pra empresa um ambiente pronto de trabalho. E as atualizações vão ser gerenciadas pela TI. Ela ainda tem um papel muito importante na empresa, não é que a gente vai excluir a TI, a gente vai diminuir os trabalhinhos mecânicos do dia a dia, de atualizar, fazer formatação... a gente otimiza essa TI”, explica Vanessa. “A gente está dando todo o suporte, inclusive dentro dessa realidade, que é a realidade cuiabana, mato-grossense e brasileira”, completa Daniel.
Por fim, o fato de terem nascido em Cuiabá também ajuda. “Por sermos daqui, conhecemos muito bem a realidade, tanto do nosso estado, de questão de infraestrutura, de comunicação, quanto do país inteiro. (...) E a gente faz sempre pensando sobre aqui, coisa que as tecnologias que são importadas não vão fazer. [Para elas] Aqui vai ser só mais um número. E não vai fechar todas as lacunas que existem”. Com isso, todo suporte é feita em português, com assistência presencial e remota.
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