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Musical homenageia grandes jingles da publicidade nesta quarta-feira

da Redação - Isabela Mercuri

“O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus...”. Com certeza você terminou a música mentalmente, certo? Para fazer um ode à publicidade e seu poder de ‘grudar’ na cabeça do público, a Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza na próxima quarta-feira (4), às 20 horas, o espetáculo ‘Ode à Publicidade: jingles, a alma do negócio’, com apoio do curso de Música.

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A apresentação reúne 38 jingles de diversas épocas, muitos deles ainda presentes na memória popular, anunciando os mais variados produtos. Também participam a cantora Vera Capilé, a Orquestra Cuiabana de Choro e os grupos musicais Mesa para 6, Cururu Tradição Cuiabana do Coxipó e Arte Cidadã, além de estudantes e professores da FCA.

De acordo com a assessoria, o evento faz parte da Semana de Comunicação, organizada pelo Diretório Acadêmico, e marca o início das comemorações dos 50 anos da UFMT e dos 30 anos dos cursos de Música e de Comunicação.

“Embora a música sempre estivesse presente nas mensagens publicitárias, foi a partir de 1932, quando a publicidade foi legalizada no rádio brasileiro, que os jingles ganharam notoriedade por aqui. Hoje, a produção das peças publicitárias atingiu um nível de excelência e os jingles continuam muito eficazes para fixar a marca, o conceito, o produto na mente dos consumidores", explica o professor Javier Eduardo López Díaz, idealizador do musical.

O maestro arranjador Abel Santos Anjos Filho é o responsável pela direção do musical, que traz algumas características de uma opereta, intercalando com leveza e humor a execução e interpretação dos jingles com pequenos diálogos. O espetáculo está dividido em quatro partes: O rádio não se sustenta sozinho; Os famosos e inesquecíveis; O quá, eu sou de Cuiabá!; e É Tempo de Natal!

Para Abel, desde que a Grécia Antiga praticamente criou a multimídia ao unir poesia, música e dança, a humanidade viu surgir um grandioso elemento capaz de unir as pessoas no ideal comum de ouvir e apreciar a arte nomeadamente dos sons. “Com o advento do rádio e a possibilidade de divulgar produtos ao público em geral, a arte das musas da Grécia Antiga se viu com uma nova roupagem: a dos jingles. O triunfo da Grécia Antiga se concretiza nos jingles. E esperamos que o público cante conosco”, convida.

História

O primeiro jingle do Brasil surgiu em 1932. Intitulado “Pão Bragança”, foi criado por Antônio Gabriel Nássara e Luiz Peixoto, que trabalhavam na Rádio Philips, no Rio de Janeiro, no programa que ia ao ar aos domingos com Ademar Casé. A princípio, a música fora criada como propaganda para a Padaria Bragança. Na época, o dono da padaria não queria saber de publicidade, mas preferiu dar uma chance ao radialista para convencê-lo. 
 
Bastou que o anúncio ficasse pronto para que ele logo mudasse de ideia e passasse a financiar a própria propaganda, além de 15 minutos de duração do programa. O sucesso alcançado pelo jingle também se deve à interpretação diferente de vários artistas, como Carmem Miranda, Francisco Alves, Mário Reis, Silvio Caldas e Noel Rosa, que se revezavam semanalmente para cantá-lo. 
 
Serviço

Ode à publicidade: jingles, a alma do negócio
Quando: 4 de dezembro, às 20 h
Onde: Teatro Universitário – UFMT
Entrada livre até completar a lotação do teatro.
Mais informações: (65) 99972-9815 e (65) 99676-7699
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