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Experiência do Programa Parto Adequado da Unimed Cuiabá é apresentado na ALMT

Da Redação - Fabiana Mendes

A médica obstetra Fernanda Monteiro Siqueira Juveniz, coordenadora do Comitê Educativo e do Programa Parto Adequado (PPA) Unimed Cuiabá, apresentou dados e a experiência exitosa na Saúde Suplementar, que busca a redução das cesáreas agendadas desnecessárias, focando na saúde da mulher e do bebê.

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As informações foram repassadas na primeira reunião de 2020 da Frente Parlamentar Saúde da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), com o tema "Parto Humanizado". O encontro ocorrido na terça-feira (3), mostrou que a maioria dos hospitais da rede pública de Mato Grosso ainda não possui suporte adequado para o atendimento das gestantes que buscam o parto normal humanizado com analgesia (parto sem dor), o que inclui equipamentos, ambientes (quartos) e equipe profissional treinada.

A obstetra pontuou que o número de cesáreas na rede particular de saúde em Mato Grosso, antes da criação do PPA era de 98%, acima dos 60% apontados pelo Ministério da Saúde.  Com o trabalho realizado em dois hospitais particulares de Cuiabá, o número de partos vaginais aumentou para 18% entre todas as gestantes e 50% em relação às mães de primeira gestação. "A Unimed Cuiabá busca por meio do Curso Gestantes desconstruir diversos estigmas em relação ao parto, mostrando que é possível ter uma experiência positiva e segura para toda a família sem recorrer à cirurgia". 

Ela frisou ainda a importância do diálogo entre o médico pré-natalista e gestante, aspecto essencial para a preparação do plano de parto. "Apoiamos o parto adequado, o que seja melhor para a saúde da gestante e do bebê. Parto vaginal ou cesárea, toda experiência de trazer ao mundo uma vida deve ser humanizada e repleta de cuidados", sintetizou.

Referência em parto humanizado no Estado, a ginecologista e obstetra Caroline Paccola explicou que o parto vaginal fortalece a saúde do bebê e oferece a melhor recuperação para as mulheres. Mesmo frente a melhores índices, a opção ainda é estigmatizada no Brasil por causa do modelo de assistência mais antigo. "É preciso melhorar e garantir o acesso das gestantes ao pré-natal adequado, assim como melhorar a infraestrutura e o recursos humanos para prestar melhor atendimento às futuras mamães".

Participaram também do debate a coordenadora estadual da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Inês Stranieri, o Deputado Estadual Xuxu Dal Molin (PSC), Dr. João de Matos (MDB) e Paulo Araújo (PP). Além disso, estavam presentes os membros da Frente Parlamentar da Saúde da Mulher, os deputados Dr. Gimenez (coordenador), Janaina Riva, Max Russi, Dr. Eugênio e Dr. João de Matos.
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