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Notícias / Música

Professores do Instituto Ciranda mantém aulas de música via WhatsApp

Da Redação - Isabela Mercuri

Com a recomendação do isolamento social, todas as aulas do Instituto Ciranda foram suspensas, mas só presencialmente. Desde o dia 16 de março, professores e alunos se adaptam para continuar com os ensinamentos via internet. Muitas das aulas são dadas, inclusive, via WhatsApp. Além disso, há também videoconferências.

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De acordo com a assessoria, as atividades online abrangem os seis polos da instituição e todos as aulas, alcançando boa parte dos alunos do Instituto, incluindo os de João Carro e Água Fria, zona rural de Chapada dos Guimarães. Para isso, é necessário mapear o acesso de cada aluno à tecnologia.

“É um desafio diário. À distância, os professores estão enviando o material por escrito para os alunos, além de vídeos didáticos gravados por cada professor, para cada aula. Organizar tudo isso leva tempo, escrever, gravar e enviar para todos. E esse é apenas o primeiro passo. Depois entramos em contato com os alunos, fazemos conferências, esclarecemos dúvidas”, explica Yndira Villarroel, coordenadora pedagógica do Instituto Ciranda.

Para que o novo método funcione, é preciso, ainda, da colaboração dos pais. “A resposta dos meus alunos tem sido muito boa. Os pais estão colaborando também, muito presentes e empenhados. Eles mandam vídeos, fotos das tarefas prontas. Trabalho com mais de 100 alunos de violino e viola, entre os níveis 1 e 5. Para os níveis mais avançados, as aulas ocorrem por Skype e são um pouco mais práticas”, completa a coordenadora.

Leonid Peniago, professor de flauta transversal, explica que o novo método requer muita disciplina. Após o contato individual com cada estudante, por telefone ou WhatsApp, o professor faz uma proposta de vídeo aos flautistas.

“O vídeo é uma ferramenta muito versátil. Podemos explorar de várias formas. Propus um exercício e pedi um vídeo para cada um deles. Assim posso acompanhar bem, individualmente, erros, acertos. Está dando muito certo. Conversamos muito depois, respondo cada um deles com muito mais propriedade”, explica.

Para a professora Jessica Gubert, das aulas de clarineta, um dos grandes desafios é planejar o formato das disciplinas de acordo com a realidade de cada um dos polos, que a propósito, são bem diferentes. “Além de desenvolver as aulas, precisamos mapear o aceso à internet em cada região, se os alunos estão com instrumentos organizados, método de ensino em mãos. Só depois de termos todas essas informações é que buscamos a melhor maneira de implantar esse sistema online”.

Muitas das aulas são feiras em grupos no WhatsApp. Nestes casos, todos os alunos recebem videoaulas semanais e têm quatro dias para responder aos exercícios, que são entregues em vídeo. Então o professor assiste a todos e retorna, de maneira individual, com vídeo ou áudio, dependendo da necessidade de cada estudante.

“São muitas turmas, muitos polos e muitas realidades. Precisamos dar condições, apresentar novas ferramentas de ensino. Estamos produzindo muitas vídeoaulas, é um vídeo por semana para cada nível de instrumento. O retorno é sempre individual. Para os instrumentistas em nível avançado, as aulas são individuais e ocorrem uma vez por semana”, explica Jessica.

“Desde muito cedo além das aulas de instrumentos os alunos são envolvidos em práticas musicais coletivas nas orquestras Cirandadinha, Primeira Ciranda e CirandaMundo, esta última prestes a lançar sua oitava temporada artística em Mato Grosso, isso cria todo um movimento consciente rumo às novas etapas e desafios inerentes ao processo de desenvolvimento musical”, conclui Murilo Alves, coordenador do Instituto Ciranda.
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