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Iniciativa realiza leilão de obras de arte para arrecadar R$ 1 mi e investir em brigadas anti-incêndios no Pantanal

Da Redação - José Lucas Salvani

A iniciativa Documenta Pantanal, que atua em documentação, desenvolvimento e preservação do ecossistema, se prepara para realizar em maio um leilão de obras de arte para arrecadar R$ 1 milhão para investir em brigadas anti-incêndios na região. O projeto conta a participação de Fernanda Feitosa, Mari Stockler, Mônica Guimarães, Paula Azevedo, Susana Steinbruch, Teresa Bracher e Monica Tinoco, que vêm trabalhando na captação de doações de obras, junto a artistas e colecionadores, que serão oferecidas a lance pelo leiloeiro Aloísio Cravo na plataforma Arremate.

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Para Teresa Bracher, a concepção e a promoção do leilão revestem-se de grande relevância porque, além de gerar recursos para a prevenção e controle dos incêndios, divulgam as belezas e as ameaças pantaneiras. Conhecedora da região há muitas décadas, ela complementa: “Os brasileiros precisam prestar atenção ao Pantanal. Sem este conhecimento não virá a consciência e o desejo de preservá-lo e protegê-lo”.

Em relação à adesão de artistas, Teresa afirma que esse projeto deixa muito claro como as pessoas foram impactadas pelos incêndios do ano passado. O retorno dos artistas tem sido “incrível”, como ela descreve, porque “viram a dimensão da tragédia de 2020, fato que está sensibilizando muitas pessoas”.

O montante arrecadado permitirá ao SOS Pantanal investir em equipamento, formação e manutenção de brigadas voluntárias anti-incêndios na região pelo período de três anos. Nesse sentido, a instituição está articulando a conexão de uma rede de brigadas rurais voluntárias que já atuam em diferentes localidades do bioma (3 em Poconé, 2 em Corumbá, 2 em Barão de Melgaço, 2 na Chapada dos Guimarães e 1 em Santo Antonio de Leverger), compondo a Brigadas Pantaneiras. Além desses dez grupos (cada um deles com uma média de 12 pessoas), o SOS Pantanal ainda irá apoiar outras duas equipes, uma em Miranda e outra em Aquidauana.

“Com a seca que se intensifica no bioma, será cada vez mais relevante termos pessoas bem treinadas, equipadas, assessoradas e com um bom planejamento para agir em seus territórios. Precisamos aumentar a capacidade e a velocidade na resposta, além de facilitar a atuação do Poder Público nos locais mais suscetíveis a incêndios florestais”, diz o diretor de Relações Institucionais do SOS Pantanal, Leonardo Pereira Gomes.

A coleta de obras até realizada até o próximo dia 31 de março, com lançamento virtual do catálogo previsto para o dia 1º de maio. O leilão está programado para acontecer no dia 26 de maio.
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