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Notícias / Gastronomia

Moradora de Chapada encontra sustento em pães caseiros com fermentação natural por oito dias

Da Redação - José Lucas Salvani

Moradora de Chapada dos Guimarães (a 60 km de Cuiabá), Marisa Aparecida encontrou uma forma de sobreviver com pães caseiros feitos com fermentação natural por oito dias. A arte de fazer pão aprendida graças a sua mãe.

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Marisa é natural de Santa Catarina e mudou-se para Chapada aos 20 anos. O aprendizado é herança de sua mãe, mas o gosto pelos pães também contribuiu para que ela quisesse aprender. “O pão caseiro está na minha essência. Antes de vir para Chapa, eu disse para minha mãe: ‘e agora? e o pão?’, e aí ela me ensinou o básico da preparação da massa. 

Os pães feitos por Marisa passam por uma fermentação natural em um processo que dura oito dias. Ela não usa nenhum aditivo químico e o processo é completamente orgânico visto que alguns ingredientes quando ingeridos não fazem bem à saúde.

A clientela de Marisa cresce a cada dia também de forma orgânica como o seu pão. Marisa conta que tudo começou com amigas e pessoas próximas que provaram o pão e gostaram. Em seguida, foram repassando sobre a qualidade e o diferencial dos pães, como o fermento, e surgiram mais clientes.

No início da Pandemia do Novo Coronavírus, Marisa ficou receosa em não conseguir continuar sua produção e venda de pães, mas optou por ter regras rígidas de biossegurança para o sistema de entregas. Ela recebe um cliente por vez, com o uso de máscara, álcool em gel e  outras medidas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que iniciativas como a de Marisa crescem cada vez mais no país. Os dados são do Anuário dos Trabalhadores das Micros e Pequenas Empresas (MPE) publicado em 2015.  Segundo o estudo, o número de mulheres empreendedoras no Brasil cresceu 15,4% – saltando de 6,9 milhões para 8 milhões, em dez anos.

Apesar dos financiamentos divulgados pelo governo federal, não há previsão de expansão para Marisa. A burocracia é um empecilho a sua sobrevivência, mesmo resistindo com o seu negócio em plena pandemia.

“Eu possuía uma micro empresa, trabalhava com apoio do MEI (Microempreendedor individual), infelizmente tive que fechar, agora estou esperando o momento certo para reabrir novamente.”, diz a empreendedora.

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