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Fulepa, Avião e Bife: quem são os jogadores homenageados com estátuas no Dutrinha

Da Redação - José Lucas Salvani

Fernando Ferreira Leite, Albino Gonçalves dos Santos e José da Silva Oliveira são mais conhecidos como Fulepa, Avião e Bife. Ele são alguns dos nomes que marcaram a história do futebol mato-grossense. O trio está eternizado no Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, por meio de três estátuas. A inauguração aconteceu na noite da última segunda-feira (31).

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Fulepa nasceu no dia 29 de maio de 1936 em Cuiabá. Iniciou sua carreira em 1955 jogando pelo Palmeiras do Porto, depois Atlético Mato-grossense. Marcou época atuando pelo Mixto Esporte Clube de 1969 a 1974, sendo campeão nos anos 1969 e 1970. Encerrou sua vitoriosa carreira em 1974 jogando pelo alvinegro da Getúlio Vargas. Fulepa, como ficou conhecido, é considerado pela crítica esportiva como o maior goleiro da história do futebol mato-grossense.

Dona Josefa de Souza Leite é viúva de Fulepa, que faleceu em abril de 2019, e caiu no choro ao ver o marido eternizado na estátua. “Ele tem uma longa história como jogador do Mixto. Foi um excelente goleiro. Estou muito contente de ver essa homenagem sendo prestada para ele. Estou muito feliz, junto com a minha família. Feliz por podermos estarmos vivos para prestigiar esse momento tão lindo”, afirmou.

Natural de Corumbá (MS), Avião nasceu no dia 15 de setembro de 1933. Este grande zagueiro do futebol mato-grossense marcou época como jogador do Clube Esportivo Dom Bosco de 1958 a 1966. Ainda atuou pelo Riachuelo e Palmeiras do Porto.  Com o Dom Bosco conquistou os títulos de 1958 e 1963, tendo seu nome definitivamente registrado na história do azulão da coluna como um dos símbolos dessas conquistas.  Além disso, integrou por diversas vezes como titular absoluto a seleção cuiabana de futebol.

Neta de Avião, Michele Moraes Santos também esteve presente. Para ela, a homenagem eterniza a imagem e a memória do jogador que deixou um grande legado e que inspira aqueles que querem seguir o mesmo sonho. “É um orgulho para mim, como neta, receber essa homenagem, passar pelo estádio e ver ele. Ele gostava muito de futebol e se orgulhava de ter dividido o campo com Pelé. Apesar de ter perdido o jogo, foi uma experiência que ele gostou muito”, comentou.

Por fim, o terceiro homenageado foi José da Silva, que nasceu em Vera Cruz (SP), no dia 28 de setembro de 1949. Ele veio para o Operário de Várzea Grande em 1971. Na primeira passagem pelo Chicote da Fronteira atuou de 1971 a 1975, depois em 1983 e 1985 sagrando-se tetracampeão em 1972/73/83 e 85.  Em 28 de maio de 1975, o Bife, num feito inédito e único na história do futebol mato-grossense, marcou 6 gols contra o Marítimos num jogo cujo placar foi 9 x 1. Bife também teve passagens consagradoras pelo Mixto, tendo sido bicampeão pelo clube em 1979/80. Ainda atuou pelo Nacional de Manaus, São Bento de Sorocaba e Porto e Belenense de Portugal.

Fischer Silva, filho do atacante Bife, foi um dos familiares que marcaram presença no local. Relembrando a história do pai, que veio do interior de São Paulo para se tornar um dos maiores goleadores de Mato Grosso, com 97 gols, enfatizou que a homenagem pode ser considerada um justo reconhecimento para alguém que deu grande contribuição ao futebol mato-grossense. Segundo ele, o ato também alcança outros jogadores que fizeram parte da época de ouro do esporte em Cuiabá.

“Vejo isso como um grande reconhecimento feito pela Prefeitura de Cuiabá e pelo nosso prefeito Emanuel Pinheiro. É uma homenagem que, com toda certeza, também alcança outros atletas que fizeram história em Cuiabá, principalmente aqueles que não se encontram mais entre nós. Panzariello, Nelson Vasques, Mão de Onça, Luiz Carlos Beleza, o Gaguinho, são pessoas que eu tive a honra de conviver durante o auge da história do futebol mato-grossense.”, disse Fischer.
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