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Notícias / Artes Cênicas

Cheio de novas oportunidades, ator varzea-grandense conta sua experiência no Rio

Da Redação - Isabela Mercuri

 Desde os doze anos de idade Venício Bulhões apaixonou-se pela arte de atuar. Participou de teatro amador e aos dezoito, já estava indo apresentar-se em festivais. Com a Cia Vostraz de teatro, em Várzea Grande, o ator descobriu que era àquilo que queria dedicar-se para o resto da vida.

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Ator de VG é 1° colocado na mesma escola que José Wilker foi diretor

Quinze anos depois do nascimento desse amor pela atuação, Venício decidiu fazer a prova da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro. Quando recebeu o resultado, soube que era o primeiro colocado da lista, e que iria estudar na mesma escola que teve como alunos Procópio Ferreira, Tereza Rachel, Denise Fraga, Cláudia Gimenes e como diretor, José Wilker.

O várzea-grandense fez as malas e em quinze de fevereiro chegou à Cidade Maravilhosa para viver as grandes oportunidades que estavam por vir. “Estudar teatro é o que todo ator fará do inicio de sua carreira, até o fim de sua vida. Tenho estudado muito teatro, visto muitas peças e conhecido muita gente. Apresentei-me no complexo do Alemão, conheci o ator e diretor Marco Nanini, uma figura espetacular e generosa. Fui também ao espaço do ator e diretor Paulo Betti, onde tive a oportunidade de subir no palco de seu espaço teatral. Conheci também a incrível atriz e diretora Inez Viana.”, conta.



Venício agora tem seis horas de aulas diárias, de segunda a sábado, e estuda técnicas, métodos e teorias. Uma realidade diferente da que vivia em Várzea Grande, que, como lamenta o ator, “nem teatro tem”.

Apesar do déficit na estrutura cultural de sua cidade natal, Venício acredita que Várzea Grande lhe deu uma importante base para chegar aonde chegou: “Eu chego à conclusão de que o que fazemos de teatro em Várzea Grande é importante. Afinal de contas, após a prova que fiz percebo que estamos trabalhando certo”.

Além disso, ele relembra nomes importantes de seus conterrâneos que, assim como ele, dedicaram suas vidas à arte do teatro e o fizeram com excelência: “Em Mato Grosso temos grandes profissionais de direção, como a exemplo de Sandro Lucosi, Juliana Capilé, Djalma Maciel, Ilberto Nascer, Amauri Tangara...”.

Venício conta que está fascinado pelas oportunidades que tem tido. “Muitos grandes diretores e estudiosos de teatro vivem no Rio de Janeiro. Estar aqui é sempre uma experiência e oportunidade novas.”
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