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Tese de doutorado de um professor da UNEMAT mostra que óleo de peixe pode blindar coração

Da Redação - Isabela Mercuri

O óleo do peixe blinda o coração. É o que descobriu o professor de Fisiologia e Fisiopatologia do curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Alcione Lescano de Souza Júnior, por meio de sua tese de doutorado. Sua descoberta foi publicada também pela revista nacional “Saúde”, da Editora Abril.

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A tese de Alcione buscou responder a pergunta “Como seria o comportamento do infarto agudo do miocárdio em uma situação de suplementação prévia com óleo de peixe que é fonte de ácidos graxos ômega 3?”. Seu projeto usou ratos de laboratório como cobaias que receberam óleo de soja, água e sal ou óleo de peixe por 20 dias.

As conclusões foram que: “O grupo do óleo de peixe apresentou uma área de infarto 23% menor em relação aos outros animais” e ainda houve uma perda inferior das células que ajudam a bombear o sangue. “Nesse contexto, o risco de morte cai”, explicou Souza Júnior, que também afirmou as células com mais energia reduziriam as possíveis complicações no caso de uma cirurgia cardíaca.

De acordo com a pesquisa, o coração torna-se mais resistente à falta de oxigênio com a utilização de óleo de peixe. Este efeito acontece em um período de 20 dias de suplementação. “A suplementação poderá servir para proteger o coração de pessoas que passarão por cirurgia cardíaca, quando falta oxigênio temporariamente para o órgão. Mas ressalto que os efeitos observados no meu trabalho devem ser testados em humanos sob todos os critérios de segurança e ética para o uso da suplementação com a finalidade de blindagem do coração com óleo de peixe”, comentou o pesquisador.

Souza Júnior é formado em farmácia pela Universidade de Cuiabá e Mestre e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Sua tese de doutorado teve apoio financeiro da Fapesp, CNPq, Capes, Naturalis®, e Unemat e foi supervisionada pelo professor, doutor Rui Curi (Instituto de Ciências Biomédicas - ICB, USP) em colaboração com a professora Maria Claúdia Irigoyen (Laboratório de Hipertensão do Incor, São Paulo-SP) e dos professores doutores Jorge Mancini e Rosângela Pavan, ambos da Faculdade de Farmácia da USP.
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