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Credicard Hall recebe os ingleses do Pet Shop Boys

Estadão

Há duas décadas em uma posição inquestionável no hall da fama do dance pop, os ingleses do Pet Shop Boys navegam por uma renascença criativa, com uma nova turnê e o lançamento de dois discos em menos de um ano. Em 2012, fizeram o show de encerramento da Olimpíada, circulando em grande estilo pelo estádio olímpico, em um riquixá de origami, ao som de West End Girls. Em seguida, romperam os laços com a gravadora Parlophone, que os lançava desde os anos 80, e criaram o Kobalt Services, selo próprio, pelo qual lançaram Elysium, o primeiro disco em três anos. O álbum foi criticado por ser morno, mas elogiado por recriar o pop taciturno que Neil Tennant e Chris Lowe produziam no auge da dupla, no início da década de 90, época em que fizeram a obra-prima Behaviour. Em seguida, anunciaram mais um disco, Electric, que chega às lojas em julho com a promessa de ser um álbum mais dançante.

O ímpeto criativo, como é de costume, saiu de uma situação dolorosa. "Muita coisa aconteceu nestes últimos anos", conta Neil, a voz da dupla, em entrevista por e-mail. "Meu pais morreram recentemente. Acho que o impacto disso é nítido nas letras e na realização dos discos", completa.

A dupla se apresenta na noite desta quarta-feira (22), no Credicard Hall, em mais um espetáculo visualmente cativante. O dinheiro que o duo economiza com os músicos (sobre o palco, há apenas Tennant, com o microfone, e Lowe, ao teclado), é investido na produção. Os visuais foram criados por Ed Devlin, responsável pelo encerramento da Olimpíada, além de shows de Kanye West e Jay-Z em 2010, e trabalhos para a Royal Opera House de Londres. As coreografias ficam por conta de Lynne Page, também veterana dos palcos ingleses. O resultado tem figurinos dignos de uma coleção de moda conceitual, projeções a laser e dançarinos saltitantes que não estariam fora de lugar em uma apresentação do Cirque du Soleil. No ápice do show, Tennant e Lowe aparecem entre os cobertores de uma cama na vertical, imobilizados.
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