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Notícias / Artes Cênicas

Espetáculo cuiabano "Brechó" mostra sujeitos em busca de uma personalidade através da moda

Raquel Mützenberg

Na quarta-feira (22), o Palco Giratório abriu alas ao primeiro espetáculo local da programação deste ano. Brechó trouxe uma verdadeira passarela ao salão social do Sesc Arsenal. Com quatro estereótipos muito bem definidos, os dançarinos trouxeram técnica, ritmo e muitas referências de moda.

A que mais me chamou atenção foi a peruca de palha de açoutilizada por Elka Victorino. Muito bem colocada, caiu como uma luva para a personagem da "senhora moderninha por dentro de tudo que rola na mídia #queroter19denovo".



O ritmo do espetáculo é muito gostoso, com uma trilha sonora muito bem selecionada. Quando os dançarinos começam a circular pela passarela, os flashes da câmera de Frank Busatto fizeram toda a diferença. Estávamos de fato em um desfile de moda.

A desconstrução dos estereótipos acontece de forma quase orgânica, assim como acontece naturalmente na vida real: trocam-se as roupas, umas peças ficam de lado, outras voltam. A pesquisa de movimentos valorizou o conceito de manipulação das roupas na busca de um estilo.



A direção de arte estava impecável. Algumas críticas sobre a funcionalidade de alguns elementos e a sua utilidade em cena. A luminária e os balões de gás hélio são elementos marcantes que poderiam ser utilizados mais vezes e com uma função mais estabelecida. Senti falta das caras e bocas de modelos em alguns momentos, um detalhe que fez toda a diferença quando o assunto é moda e estereótipo: carão.

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