Imprimir

Notícias / Artesanato

Utilizando técnica de artesanato em papel, cacerense já vende para todo o estado e até para fora de MT

Da Redação - Isabela Mercuri

Apesar de ser de uma família que sempre trabalhou no ramo dos cosméticos, Aline Coelho Dutra Farrath, 33, sempre teve um dom criativo. A moradora de Cáceres escreveu seu primeiro poema aos nove anos de idade, aos 15 já tinha mais de cem escritos e aos dezoito desenvolveu sua paixão por artes gráficas na faculdade de Publicidade e Propaganda na Universidade de Cuiabá (UNIC). Depois disso, no entanto, ela encontrou um amor que se tornaria sua profissão: o artesanato.

Leia mais:
Programa Artesanato Brasileiro traz regularização e benefícios para artesãos de Mato Grosso; previsão que 16 mi se cadastrem
Artesã deixa trabalho fixo de 14 anos para se dedicar ao que ama e abre loja de bonecas de pano

“Comecei a fazer material de propaganda para as nossas lojas e convites de casamento e aniversário para familiares e amigos. Os meus trabalhos na época não eram remunerados”, conta Aline.

Depois do nascimento de sua filha mais velha, Beatriz (8), a publicitária começou a desenvolver a criação de vários produtos: “Convite sempre foi a minha grande paixão, jamais terceirizei este produto, sempre achei que era a minha obrigação como mãe criativa desenvolver os convites de aniversário das minhas filhas”, afirma.

Além dos convites, ela sempre desenvolvia agendas, panfletos, logomarcas e mesclava o artesanato e as artes plásticas e gráficas. “Depois da arte montada no computador, imprimia, recortava os personalizados na tesoura e fazia as montagens. Neste ponto ainda fazia artesanato por diversão e a finalização sempre era o mais difícil já que minhas maiores habilidades estavam nas criações”.

Em 2014, no entanto, Aline participou do treinamento ‘Você’ em Chapada dos Guimarães, e conseguiu “diminuir a ansiedade e aprendi a confiar mais em mim mesma”, segundo suas palavras.

Sua pesquisa passou a ser volta a ‘Scrapfestas’, decorações e lembrancinhas feitas com ‘scrap’, ou a ‘arte em papel’. Para formalizar o trabalho, ela comprou uma impressora Epson com qualidade fotográfica e outros materiais específicos: “O engraçado é que nem sabia para o que servia exatamente e enquanto a máquina não chegava (já que o fornecedor encomenda dos Estados Unidos) tive tempo para conhecer e me apaixonar ainda mais por esta ferramenta”, conta.

Perto do aniversário de sua filha, então, ela conseguiu fazer um projeto criativo de Convite Bolsa (3D), e no mês seguinte organizou toda a festa de sua caçula.

“O convite foi um sucesso à parte e a partir desta festa comecei a receber contatos de amigos, amigos de amigos que viram e gostaram do meu trabalho”. Em agosto de 2014, então, ela criou a marca ‘Line Arteira’.

Neste um ano de dedicação profissional ao artesanato, Aline viu sua demanda crescer conforme iam conhecendo seu trabalho. “Hoje atendo além de clientes em Cáceres, também clientes na região de Mirassol, Araputanga, Cuiabá. Tenho uma festa em novembro para fora do Estado e apesar de não manter uma loja online devido à correria que tenho para atender os clientes locais, a procura pelos meus produtos tem feito com que ampliasse a minha carteira de clientes para outras regiões”, conta.


(Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, sua forma de divulgação do trabalho é por meio da FAN PAGE no Facebook. Com o papel como matéria prima, a artesã cria caixas para doces, lembranças, forminhas, toppers, tags, centros de mesa, kit diversão, letras em 3D e diversos outros produtos, mas sua grande paixão é o convite.

“Passei da confecção de 50 produtos por semana para 700 a 1.000 unidades e tive a necessidade de ampliar o negócio, adquirindo um novo computador (maior e melhor) mais máquinas de recorte Silhouette (hoje tenho seis) e impressoras (tenho três). Terceirizei também a finalização dos produtos para poder me dedicar mais às criações das artes”, conta.

Para o futuro, seu objetivo é se especializar em Convites Finos e atender a demanda de casamentos e aniversários de 15 anos. “Estou me planejando para fazer um curso de serigrafia em papel ainda este ano”, complementa.


(Foto: Arquivo Pessoal)

Apesar de todo o trabalho e a rotina em que tem que administrar o artesanato, o trabalho na empresa da família e seu salão de eventos, Aline acredita que vale a pena:

“Hoje quando participo de algum evento em que desenvolvi o produto logo sinto olhares de admiração e recebo muitos elogios pelo meu trabalho. São nesses momentos de intenso orgulho e satisfação que tenho a certeza de que estou no caminho certo e que cada sacrifício que faço hoje vale muito à pena”, finaliza.
Imprimir