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Notícias / Literatura

União cultural de MT e MS marcam a noite de posse da nova diretoria da AML

Da Redação - Isabela Mercuri

Três horas de sessão solene marcaram a noite da última quinta-feira (10) na Academia Mato-Grossense de Letras. Marcada pela primeira sessão em conjunto com a Academia sul-mato-grossense, posse da nova diretoria e até mesmo premiação de jovens escritores, a noite surpreendeu o público – que lotava a plateia.

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Dentre as presenças ilustres, o ex-governador Julio Campos, o Secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Leandro Carvalho, e o de Mato Grosso do Sul, Athayde Nery dividiam as cadeiras solenes com grandes escritores imortais e homenageados, como Gilberto Mendonça Teles.

A sessão começou com a fala do agora ex-presidente da casa Eduardo Mahon, que saudou os colegas sul-mato-grossenses e exaltou como aquela união cultural poderia ultrapassar as barreiras geográficas e políticas: “Não há distância enquanto houver boa vontade”, afirmou, celebrando o que converge os dois estados culturalmente e citando pessoas que fizeram essa conversão, como Francisco Leal de Queirós (membro das duas academias).


Membros das duas academias (Foto: Naiara Leonor / Olhar Direto)

Sobre o fim de seu mandato, foi breve: “Despeço-me sem inventar conquistas”, disse, e logo depois, com lágrimas nos olhos, agradeceu o apoio de sua família e amigos durante o biênio 2015-2017, quando teve que se dedicar quase que exclusivamente às atividades da academia.

A união entre as duas academias ficou marcada pela posse de Rubênio Marcelo como Associado Correspondente de Mato Grosso do Sul, cargo que Mahon ocupará na Academia Sul-Mato-Grossense a partir de dois de outubro.

Em seu discurso de posse, Rubênio leu um poema de sua autoria sobre como a Academia não deve ser um órgão estacionado no tempo, mas sim prostrar-se cada vez mais para o futuro.

A posse da nova diretoria


Performance Grupo 'Os crônicos' (Foto: Naiara / Olhar Direto)

A cerimônia de posse da nova presidente Marília Beatriz Figueiredo Leite foi iniciada por uma apresentação do grupo Alma de Gato e uma performance do grupo “Os Crônicos”. Quando, já por volta das 22h30, Marília assumiu a cadeira como presidente, começou afirmando que não sabia se iria se comportar: “Vou pedir aos espíritos que me colocaram aqui que me ajudem para que eu me comporte bem”. Apesar da prece, não conseguiu falar sentada: “Mahon me disse que essa parte seria difícil”, afirmou.

Seu discurso ‘formal-informal’, como ela nomeou, demorou a começar. Antes disso, a presidente eleita leu trechos de poemas de quase todos os colegas da academia, e não se esqueceu de agradecer a presença dos que a prestigiavam (nomeando muitos deles).

Em certo momento, sua fala foi até interrompida, quando ela viu que entrava no salão o poeta Wladimir Dias-Pino: “Eu não acredito no que estou vendo! O maior poeta vivo do Brasil acabou de entrar aqui!”. E depois complementou: “Mahon me disse: traga o Wladimir aqui. Está satisfeito, Mahon?”.

Em tom de conversa, Marília encerrou seu discurso de posse afirmando, mais uma vez, que não busca a perfeição em sua gestão: “A literatura é eterna até que a gente consiga que ela seja eterna. (...) Diante de tantas imperfeições, o que nos resta fazer? Ter a responsabilidade ampliada, pois com a imperfeição a busca pelos acertos fica atiçada”, finalizou.

Veja a nova chapa completa:

Presidente MARÍLIA BEATRIZ DE FIGUEIREDO LEITE
1º Vice-presidente JOSÉ CIDALINO CARRARA
2º Vice-presidente IVENS CUIABANO SCAFF
1º Secretário LUIZ ORIONE NETO
2º Secretário SUELI BATISTA
1º Tesoureiro FLÁVIO JOSÉ FERREIRA
2º Tesoureiro JOÃO BATISTA DE ALMEIDA
Pres. do Conselho Editorial ELIZABETH MADUREIRA SIQUEIRA


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