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Notícias / Artes Cênicas

Morre aos 80 anos a atriz Yoná Magalhães

R7

Morreu, aos 80 anos, a atriz Yoná Magalhães na manhã desta terça-feira (20) no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 18 de setembro na Casa de Saúde de São José, no bairro do Humaitá, onde realizou uma cirurgia para corrigir uma insuficiência cardíaca, e não resistiu a complicações pós-operatórias.

Em uma nota oficial, o hospital lamentou a morte da atriz, por volta das 10h05 desta terça (20).

De acordo com a Casa de Saúde de São José, Yoná deu entrada no pronto-atendimento de cardiologia no dia 18 de setembro e foi submetida a uma cirurgia para corrigir uma insuficiência cardíaca.

Após o procedimento, ela foi internada na UTI, mas apresentou complicações pós-operatórias que levaram ao falecimento nesta manhã.

Vida e carreira

Em 7 de agosto de 1935, Yoná Magalhães nasceu no bairro Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Ela começou a carreira artística sem querer, para ajudar a família depois que o pai perdeu o emprego.

Em meados da década de 1950, Yoná Magalhães conseguiu pequenos papéis de figuração na rádio Tupi. Aos 19 anos, a atriz fez a transição para a televisão, começando a sua carreira na extinta TV Tupi.

Durante a turnê teatral, Yoná conheceu o produtor Luis Augusto Mendes, com quem se casou e teve o único filho, Marcos Mendes. O relacionamento chegou ao fim em 1965 e, um ano depois, a atriz voltou a se casar — desta vez, com o ator Carlos Alberto, com quem viveu por quatro anos.

A história da televisão também se confunde com a de Yoná, que participou de grandes produções da TV, como Roque Santeiro, Rainha da Sucata e Tieta, além das minisséries Grande Sertão: Veredas, Engraçadinha e A Vida como Ela É.

Um dos grandes papéis de Yoná foi no emblemático filme de Glauber Rocha, Deus e o Diabo na Terra do Sol, lançado em 1964.

No teatro, Yoná também deixou sua marca. A atriz participou de montagens como Terror e Miséria, de Bertolt Brecth, Os Inimigos Não Mandam Flores, de Pedro Bloch e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, entre tantas outras.

Uma das primeiras mocinhas da teledramaturgia nacional, Yoná Magalhães era símbolo de beleza no Brasil, tanto que posou nua para a capa da Playboy aos 51 anos.

O último trabalho de Yoná Magalhães na TV foi na novela Sangue Bom, em 2013.
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