Os restaurantes de Cuiabá reabriram seus salões no último dia 9 de junho, mas nestes primeiros dias o público ainda não voltou em massa. Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT), a movimentação é de apenas 15% da capacidade, e isto já era esperado para os primeiros quinze dias.
Leia também:
Prefeitura autoriza reabertura de shoppings, bares, restaurantes e similares em Cuiabá; veja como fica
Os bares e restaurantes da capital mato-grossense estavam fechados desde o mês de março, operando somente com delivery ou retirada no balcão, como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). A decisão mudou em 28 de maio, quando o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou a reabertura gradual. Para este setor, seria no dia 9 de junho.
"Na capital o isolamento começou muito cedo e a retomada foi tardia. Grande parte do setor esteve fechada por 90 dias e muitos não conseguiram trabalhar com delivery. Por isso, era importante que ela acontecesse o quanto antes", destaca a presidente da Abrasel-MT, Lorenna Bezerra.
A liberação dos restaurantes contou com algumas restrições, como funcionamento com apenas 50% de sua capacidade, e medidas de isolamento social e biossegurança. Segundo Lorenna, para manter o distanciamento entre as mesas, a porcentagem de ocupação fica menor ainda.
A presidente da associação, no entanto, está confiante, e acredita que os números serão melhores nos próximos dois meses. "O consumidor está percebendo a segurança e o comprometimento dos restaurantes com o protocolo de biossegurança. É importante que as pessoas procurem restaurantes formais, pois esses já seguem rigorosas normas de segurança na manipulação de alimentos e inseriram outras medidas de segurança na área de atendimento, estendendo a clientes e fornecedores”.
O horário de funcionamento dos bares e restaurantes foi outro ponto importante. Como há toque de recolher, o horário de jantar foi reduzido e as atividades devem ser encerradas às 21h30. O delivery, no entanto, pode continuar funcionando.
"É importante deixar claro que o alimento não transmite a Covid-19 e que a responsabilidade e o cuidado agora têm que ser entre as pessoas para que possamos conciliar saúde e economia", finaliza Lorenna.