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Sábado, 27 de abril de 2024

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'Print hair': cabeleireira de Cuiabá une arte e cabelo raspado com tendência de coloridos

Foto: Reprodução

'Print hair': cabeleireira de Cuiabá une arte e cabelo raspado com tendência de coloridos
Há alguns meses, a cabeleireira e colorimetrista Laís Altran, de 32 anos, começou a perceber o aumento de pessoas que, mesmo com cabelos raspados, buscavam por formas de acrescentar cores ao estilo. Desde então, Laís tem se dedicado a “desenhar” padrões de oncinha, corações, arco-íris e o que mais a criatividade dos clientes permitir. 

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“Já fiz de oncinha colorida, fiz bastante, teve um grupo de amigos que veio fazer, já fiz coração, arco-íris, flor… A gente vai inventando, depende da disposição do cliente, porque é uma tendência que está começando a chegar, então alguns ainda ficam meio na dúvida, mas o pessoal tem gostado”. 

A cabeleireira explica que, durante a pandemia da covid-19, a demanda por cabelos coloridos começou a crescer. Com o isolamento, muitas pessoas optaram por raspar ou colocar cores nos fios. 

Com o retorno do funcionamento normal da cidade, Laís começou a identificar um novo movimento: os clientes agora estavam com cabelos mais curtos, algo que ela acredita ser devido a praticidade do cuidado.

“Acho que as pessoas têm vontade de facilitar mesmo o dia a dia. Hoje em dia estou tendo muitos clientes de cabelo curto que querem coloridos, antigamente tinha muitos cabelos compridos. Estou vendo voltar um pouco para 2013, algo mais punk, mais leve. 
 

"Acho que a tendência sempre vem de fora, estava vendo o pessoal mais alternativo norte-americano e até russos, que tem bastante cabelo colorido”. 

Na volta da rotina, como muitas pessoas já estavam de cabelos curtos ou raspados, os clientes começaram a pedir por ideias estilosas, mesmo que os fios já não fossem longos. 

“Já raspei o cabelo várias vezes, comecei em 2018, a primeira coisa que você que é colorido pensa é: e agora o que vou passar? Às vezes quem tem cabelo colorido há muito tempo acha meio chato, meio normalzinho. Então está crescendo essa tendência do print para você usar o colorido no cabelo que você tiver, seja raspado, sidecut ou undercut. Acho que foi uma forma de manter o colorido, trazer isso cada vez mais”. 

Laís explica que o print também oferece praticidade, já que não obriga uma manutenção do colorido. “Na próxima vez que raspar, você pode fazer de novo. Então, você pensa que pode renovar e mudar, mesmo que seja mais marcante, vejo que as pessoas não estão se apegando tanto, porque ela sabe que logo pode fazer outro. Podem ter praticidade e cor ao mesmo tempo”. 

Para raspar, descolorir e pintar os padrões do desenho escolhido pelos clientes, a cabeleireira cobra, em média, R$ 250. Antes de começar a colorir os cabelos dos clientes em Cuiabá, Laísa trabalhava com contabilidade e descobriu a nova profissão quando começou a pintar os próprios fios sozinha há dez anos. 

“Eu comecei com referências de Cindy Lauper, Paramore, um pouco antes da fase emo no Brasil. Quem é dessa época fala que tinha que fazer sozinho, porque praticamente não tinha profissional. Fiz dois cursos profissionalizantes de cabeleireira, tenho vários cursos de colorimetria, penteado e maquiagem. Mas meu foco, desde o começo, sempre foram os cabelos coloridos”. 

Para a cabeleireira, os cabelos coloridos fazem parte de uma representação de estilo. “Acho que é uma forma das pessoas se identificarem e passarem para o exterior o que elas são por dentro também. Quando comecei a mexer com cabelo, vi que era algo que gostava, acho que não é só fazer o cabelo, é conhecer as pessoas, dar oportunidade das pessoas se identificarem mais”. 
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