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Sábado, 07 de setembro de 2024

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sucesso em feiras

Há 11 meses em Cuiabá, alemão vende salsichão artesanal e lanches tradicionais da Alemanha

Foto: Olhar Conceito

Há 11 meses em Cuiabá, alemão vende salsichão artesanal e lanches tradicionais da Alemanha
A relação de amor que o alemão Philipp Schulz, de 44 anos, tem com Cuiabá é de longa data, desde que um amigo sugeriu que ele precisava conhecer a cidade e o Pantanal. Vivendo como “um cuiabano” há 11 meses, Phillipp decidiu abrir uma fábrica de salsicha alemã ou “bratwurst” para produzir lanches típicos da Alemanha com molho artesanal e chucrute, que seguem as receitas tradicionais da culinária alemã. 


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No cardápio, ele tem o bratwurst mit sauerkraut (salsichão alemão artesanal inteiro com chucrute, mostarda e uma fatia de pão), o currywurst (salsichão alemão artesanal cortado com molho curry sauce e uma fatia de pão) e o bratwurst im brötchen (salsichão artesanal alemão inteiro no pão com mostarda e molho).

Nesta semana, a Schulz - Culinária Alemã leva os lanches para a feira do bairro Jardim das Américas e para a Praça da Vanguard, no bairro Bom Clima. Já os salsichões artesanais congelados podem ser encomendados pelo Whatsapp: (65) 99980-2022. 

Phillipp explica que, na Alemanha, o currywurst é uma espécie de fast food vendido em qualquer barraca de comida de rua. Em Cuiabá, o alemão vende os salsichões produzidos por ele sob encomenda, enquanto os lanches são preparados e vendidos em feiras. A Schulz - Culinária Alemã foi criada por Phillipp há dois meses e, apesar de ter imaginado que a gastronomia de seu país natal geraria curiosidade, foi surpreendido pela aceitação do público. 

Salsicha e molho artesanal são produzidos por Phillipp na fábrica que ele abriu há dois meses em Cuiabá. (Foto: Olhar Conceito) 

“Esperava, mas dois meses é muito rápido. As pessoas estão gostando muito, porque é alemão, ‘made in Germany’. Comidas novas, muitas pessoas gostam, ficam curiosas. Cuiabá também tem muitas pessoas que são descendentes de alemães. Esperava, mas dois meses é muito rápido”. 

Na última edição da Feira do Belvedere, que participaram nessa segunda-feira (22), ficou surpreso com a quantidade de pessoas que se interessam pela cultura alemã ao ouvir sete “dank”, que significa “obrigado”. 

“O Festival da Cerveja deu muita visibilidade para gente, porque como somos recentes, foi bom para o pessoal descobrir que estamos aqui com comida alemã feita por um alemão. Estamos recebendo feedbacks muito positivos”. 
 

Apaixonado por Cuiabá 

Em uma das viagens de férias para o Brasil, quando estava em Salvador (BA), um amigo disse para Phillipp que ele precisava conhecer Cuiabá e o Pantanal mato-grossense. Foi assim que ele conheceu a esposa, que é cuiabana, e passou a gostar da cidade. O casal morou quatro anos em Hamburgo, na Alemanha, onde ele trabalhava como agente imobiliário. 

Durante a pandemia da covid-19, o Phillipp, que já gostava de cozinhar, intensificou ainda mais o hábito de preparar pratos em casa e passou a considerar a ideia de morar no Brasil. No Instagram o alemão compartilhava os vídeos das receitas que fazia e chegou a se tornar influencer na Alemanha.
“Como a gente decidiu que viria para cá para fazer isso, começamos a testar as receitas lá mesmo, fiz cursos. Acordava cedo de manhã. No tempo da pandemia me tornei influencer, porque cozinhava todo dia, só ficava em casa, depois empresas de churrasco vieram falar comigo por conta dos seguidores. Postava fazendo comidas, sempre gostei de cozinhar”. 

Phillipp explica que, durante a pandemia, como ele e a esposa ficaram muito tempo em casa, eles começaram a pensar sobre a vida. O alemão ressalta que sentia saudade do Brasil. “Durante a pandemia tinha muito tempo para pensar em coisas da vida e sempre tinha saudades do Brasil por causa das pessoas muito gentis e alegres, tem muita liberdade aqui, é bom para empreender também. Agora temos a fábrica de salsichão com molho artesanal”. 

Apesar de não afirmar que nunca mais voltará para a Alemanha, Phillipp conta que, no momento, sente vontade de continuar em Cuiabá. “Não penso em voltar, não digo nunca mais, mas aqui tem sol todo dia, às vezes lá faz -15ºC ou seis meses só de chuva e frio. Nossa filha gosta muito daqui, todo dia brinca ao ar livre, é muito bom”.
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