Uma das formas de arte mais completas é o cinema. Nele, temos envolvidos no processo a escrita, a atuação, filmagem, dança, interpretação, fotografia, edição e tantos outros requisitos que é até difícil listar. E esta forma de arte fervilha em Mato Grosso e agora ganha destaque no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, que exibe produções regionais e também de outros estados.
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Por esta razão, o Cinemato, continua atraindo a plateia cuiabana, ávida por novidades do cinema brasileiro, como o já cultuado longa-metragem pernambucano, “Tatuagem”, de Hilton Lacerda, que encerrará a programação desta terça-feira (25). É via festival que acompanhamos também a evolução da cinematografia de Mato Grosso.
Nesta terça-feira (25), além de “Tatuagem”, a Mostra Competitiva Curtas do Mato exibe, às 17h30, o “UHE Sinop X Assentamento 12 de outubro”, de Thiago Foresti. O sonho do pedaço de terra dos moradores assentados é ameaçado pela construção de uma usina hidrelétrica no rio Teles Pires, que carrega o fardo de ter um alto custo socioambiental. Uma equipe vai remando rio a cima, ao longo trecho que será alagado pela construção, narrando essas histórias.
Logo depois, às 18 horas, começa o Cinema em Pauta, um encontro entre realizadores dos filmes do dia anterior e a plateia cuiabana. Questões técnicas e a temática do filme são alvo das discussões mediadas pelo jornalista Rodivaldo Ribeiro.
Na sequencia, às 19 horas, tem início a Mostra Competitiva de Curta-Metragem, na qual concorrem filmes mato-grossenses junto aos de outras regiões do país. Neste dia, começa com “Jessy” (BA), de Rodrigo Luna, Paula Lice, Roney Jorge. O filme documenta a construção de uma transformista.
O próximo é “Far Nordeste”, de Dewis Caldas, maranhense radicado em Mato Grosso. Filmado na bela cidade de Maratea (Itália), o curta-metragem “Far Nordeste” apresenta um duelo nada convencional em que instrumentos típicos da música brasileira se enfrentam, ou se completam. O curta é dirigido e encenado por André Santos e Dewis Caldas, o faroeste spaghetti cheio de brasilidade, com direito a improvisação sobre o tema "baião", de Luiz Gonzaga.
Finalizando a Mostra de Curta Metragem, tem um drama sensível que vem do Maranhão. Em “Acalanto”, de Arturo Saboia, uma senhora analfabeta busca amenizar a saudade do seu filho ao solicitar a um conhecido que leia diversas vezes a mesma velha e única carta enviada há dez anos por ele. Através dessas leituras, uma bonita amizade e cumplicidade é criada entre o homem que lhe auxilia.
A ficção “Tatuagem” (PE), finaliza a noite e a Mostra Competitiva de Longa-Metragem. A história ambientada em 1978 entre duas cidades do Nordeste do Brasil mostra um grupo de artistas de um teatro/cabaré que provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas.
Liderado por Clécio Wanderley (o cultuado Irandhir Santos), a trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, além de seu tradicional público de homossexuais, ensaiam a resistência política a partir de um deboche e da anarquia.
Vale ressalatar, a plateia não deve esquecer de votar em seus filmes preferidos, já que a escolha dos vencedores é por juri popular.
A Escola Vai ao Cinema
Dentre as ações paralelas do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, figura o projeto A Escola Vai ao Cinema. Nesta terça-feira (25), a partir das 14 horas, alunos de três unidades escolares da rede pública de ensino vão ao Anfiteatro do CDL para conferir filmes da programação do festival.
Serviço:
Cinemato
O Festival ocorre até o dia 26 de fevereiro, ocasião da premiação.
As exibições são feitas no Anfiteatro da CDL (Marechal Deodoro com Cândido Mariano), todos os dias a partir das 17h30.
Os ingressos gratuitos começam a ser distribuídos às 16h30.
