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Domingo, 28 de abril de 2024

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Balzac, o pintor de quadros literários que abraçam a realidade das grandes massas

Arquivo Pessoal

Permito-me iniciar o texto dessa semana remontando ao romance no século XIX : idealista, racional, descritivo , apontador da realidade social de seu tempo. Nesse contexto está um dos maiores escritores da literatura francesa e também mundial : Balzac.

Autor que transpareceria subjetividade, dandismo, pintor de quadros literários que abraçam a realidade das grandes massas, romancista cuja escrita única era arquitetônica e rigorosa.

Em seu reino literário Balzac se atribui de poderes de um Deus compondo à la Divina Commedia de Dante a sua Comédie Humaine: por quase vinte anos Balzac se dedica ao seu monumento literário que possui inúmeras personagens que se entrecruzam em seus noventa e um volumes.

Esses livros são agrupados em três categorias: a primeira é sobre Estudos dos Modos que são divididos em cenas da vida privada, vida da província, vida parisiense, vida campestre, vida política e militar.

A segunda, classificada como estudos filosóficos propõe um ensinamento sobre a existência e a essência; e por fim, os Estudos analíticos que delimitam os princípios, exemplifica teoricamente cada fenômeno social do fin du siécle.

A Comédia Humana de monumental grandeza pode ser descrita como um conjunto em movimento cujas personagens estão perpendiculares e suas ações e reações denotam esse universo literário. Universo este que Balzac criara com nada mais do que paixão.

*Jefferson Almeida é professor de línguas estrangeiras, estudante de letras da UFMT e membro do grupo de pesquisa “História do português brasileiro” da USP/UFMT. É amante de literatura, têm 24 anos e fala seis línguas.


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