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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Batom vermelho: sinônimo de poder e glamour

Arquivo Pessoal

A tendência red lips (lábios vermelhos), já passou por diferentes texturas ao longo das décadas, um clássico da maquiagem,
o batom vermelho fica bem em todas as mulheres. Através das décadas vem marcando presença, ajudando a contar histórias. O batom vermelho surgiu há mais ou menos 5 mil anos. Joias preciosas, besouros esmagados e outras esquisitices eram usados para a fabricação do batom mais sensual de todos.

A origem do batom vermelho


Cleópatra usava besouros carmim para fazer seus batons, no século XIV, Mas o batom começou a ganhar mais popularidade na Inglaterra através do século XVI, durante o reinado da rainha Elisabeth I. Criou-se então um padrão de moda feminina em que a cara era tornada o mais branca possível, com a ajuda de cremes, e assim contrastava com os lábios bem vermelhos. Por essa altura o batom era confeccionado a partir de cera de abelha e tintas vegetais. E foi a partir dessa época que o batom foi evoluindo na sua produção usando produtos como cera de abelha, plantas com corantes vermelhos. No século XVII, o batom foi considerado como “ Obra do Diabo”, um movimento liderado por um pastor chamado, Thomas Hall. Em 1770, o parlamento inglês aprovou uma lei contra o batom: as mulheres que seduzissem os homens com a maquiagem tinham seus casamentos anulados e eram julgadas como bruxas. A Rainha Victoria baniu a maquiagem de praticamente toda a Europa, só as prostitutas usavam nos becos escuros. Mas, apesar disso, o batom sobreviveu e, ainda no século XVIII, as Gueixas esmagavam pétalas de açafrão para pintar os lábios, sobrancelhas e realçar os olhos. E no século XIX, a empresa Guerlain, passou a manufaturar o produto. Em 1884, o primeiro batom da história moderna foi introduzido, pelas perfumistas de Paris.



No início do século XX, conquistou atrizes e meretrizes. Mas só durante a Primeira Guerra Mundial as donas de casa deixaram o preconceito de lado e aderiram à moda. No início do cinema colorido e, no final dos anos 30, estrelas de Hollywood - como Marlene Dietrich, Rita Hayworth e Mae West - conseguiram tirar a fama de vulgar do vermelho e imortalizaram a cor como ícone de beleza e sensualidade. Os lábios das grandes estrelas, invariavelmente, se coloriam nesse tom, ficando aveludados e sensuais. E foi na década de 40, com as Pin Ups, em meio à segunda guerra mundial, que o batom vermelho alcançou o mundo todo, e até hoje mexe com imaginário masculino. Objeto de desejo, o batom vermelho se tornou responsável pela fama de muitas outras grandes estrelas, como Ava Gardner, Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor, nos anos 50.



O império do vermelho teve uma pausa nos anos 60 com a tendência dos lábios mais claros, mas voltou com tudo na década de 70. E voltou para ficar! Nos anos 80, ganhou outras leituras: ficou mais intelectual, com um clima de artes plásticas; na publicidade do perfume Paloma Picasso, ficou totalmente glam; e se tornou presente em qualquer imagem da era disco com efeito brilhante. E assumiu uma faceta andrógina nas imagens do trabalho do fotógrafo Helmut Newton, com mulheres vestidas em peças masculinas e femininas.



O batom (do francês bâton) é seguramente um dos hábitos mais antigos do universo da ornamentação feminina. O formato dos batons também passou por processos de modernização. Por volta do ano de 1915, apareceu nos Estados Unidos um derivado do “baton serviteur”: um colorante labial em forma de um pequeno tubo metálico. A sua aceitação na América do Norte foi quase instantânea. Em 1921 a revista Vogue publicitava esse “tubinho” como um acessório de elegância que todas as mulheres de classe deveriam possuir. Agora, todas as texturas são possíveis, o batom vermelho aparece tecnológico e impera.



Marilyn Monroe era conhecida por sua assinatura, os lábios vermelhos. Assista a um vídeo feito pela maquiadora Kayleen McAdams que se inspirou no ícone para obter a aparência sexy do red lips.


Desperte a diva que está dentro de você!

*Isabella Marimon é estudante de Rádio e TV na UFMT e apaixonada por moda. Define ao Hype como a si mesma: politizado, educado, uma mistura de cult e glam, outros termos da moda meio antigos.


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