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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Exposição Irigaray Arte Cidade pode ser conferida até o próximo domingo

Exposição Irigaray Arte Cidade pode ser conferida até o próximo domingo
amor em sua plenitude, as relações afetivas reproduzidas de maneira mais ousada e a interação entre o transeunte e a urbanidade são temas norteadores da exposição Irigaray Arte Cidade que termina neste domingo (24.04). O público pode visitá-la neste sábado e domingo, das 9 às 18h, no Palácio da Instrução. A entrada é gratuita.

Para que todas essas sensações pudessem ser absorvidas pelos milhares de visitantes que se lançaram numa incursão pela obra de Irigaray – do início de sua trajetória aos tempos atuais - e de sete artistas convidados, um trabalho minucioso de expografia foi idealizado pelo arquiteto Paulo Crispin.

O estímulo sensorial, delimitação de espaços e a percepção de cores e texturas foram impulsionados por um projeto arquitetônico desenvolvido com a intenção de conduzir o visitante a ter um melhor aproveitamento da experiência.

“É um exercício do pensar. Tivemos de alinhar ao espaço que é um patrimônio histórico, à trajetória, obras atuais e as produções dos artistas convidados que reverberam o pensamento da arte cidade, do ser humano, da natureza, que é a fuga da cidade. Nos voltamos à ocupação do ser humano, de como ele se expressa, de como a arte se manifesta”, aponta Crispin.

Para idealizar todo este desenho de ocupação do espaço, o arquiteto promoveu uma conexão entre o que Irigaray e os outros artistas estavam propondo e o lugar que já existia. Por meio de entrevistas, mapeei os anseios deles, especialmente, do homenageado, Clovis Irigaray”.

Crispin acredita que tenha sido um grande desafio trilhar a experiência de visitação do artista para o contato com a obra de Irigaray. “Busquei um caminho para recontar a história de um dos mais importantes nomes da arte brasileira. E as sugestões para a composição de um dos mais relevantes espaços da exposição, foi dele mesmo. O desejo de pintar a Sala Vermelha foi uma maneira que encontramos de fazer a conexão entre as obras inéditas e elementos presentes nelas. A cor da ala foi inspirada pelo mesmo pigmento vermelho que está presente nas obras deste espaço”, conta.

“Culturalmente ela pode mudar de um lugar para o outro, mas no Brasil está ligada à paixão, às altas temperaturas, à vibração. É uma cor que traduz a intenção do calor, do ‘quente’. Mas ao mesmo tempo, elementos urbanos foram incorporados como justificativa. As obras estão afixadas em placas cimentícias com parafusos aparentes, o que reforça o caráter da concretude das cidades”, destaca o arquiteto.

A iluminação natural do Palácio da Instrução, segundo ele, foi um ponto positivo para aguçar a apreciação das obras. Além disso, focos de luz pontuais foram utilizadas para revelar detalhes das obras de outras temáticas do artista, como as que foram compostas pela pintura e o arremate de vidros, moedas e tecidos. “Isso tudo vai criando uma tematização de composição daquela obra que devemos mostrar, da sensação da tela”.

Além de obras de Irigaray, o público pode ainda conferir o trabalho de importantes nomes em plena atividade artística na atualidade, como Babu SeteOito, Elias de Paula Heitor Magno, Luis Segadas, Marcus Levy, Rai Reis e Renato Campello.

O documentário “Clovito”, de Isabella Marimon, e a vídeo-instalação do trio João Fincatto, Carol Marimon e Theo Charbel, (Con)Fusão Arte Cidade, também compõem a programação da mostra Irigaray Arte Cidade.

A exposição é uma realização do Governo de Mato Grosso - via Secretaria de Estado de Cultura - e o Museu de Arte de Mato Grosso.
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