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Domingo, 28 de abril de 2024

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DIAMANTE DA CARTUCHEIRA

Queijo produzido em Nossa Senhora do Livramento conquista medalha em competição mundial

Foto: Quinta da Cartucheira

Queijo produzido em Nossa Senhora do Livramento conquista medalha em competição mundial
Com excelência do pasto ao prato, o queijo Brie “Diamante da Cartucheira”, produzido médico esteticista Silas Vicente Barbosa Junior, em Nossa Senhora do Livramento, conquistou medalha de bronze no Mundial do Queijo do Brasil. Neste ano, o mundial recebeu mais de 1200 queijos de formatos variados que foram avaliados pela sua aparência exterior e interior, textura, aromas e sabores. A competição aconteceu no último fim de semana, do dia 15 a 18 de setembro. Aos apaixonados por queijo, basta acessar o Instagram @quintadacartucheira para encomendar o premiado “Diamante”. No cardápio, há também o Ouro da Cartucheira (parmesão), Rubi da Cartucheira (Gouda), e um cremosíssimo doce de leite ZERO Lactose.

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O médico contou que o “Diamante da Cartucheira” recebeu a nomenclatura por sua beleza e delicadeza, que são características específicas do Brie, um tipo da classe dos queijos de casca florida que são assim denominados por possuírem casca povoada de hifas de penicillium candidum, um tipo de fungo comestível que confere sabor especial.

   
A produção do “Diamante” começa em um caminho que se iniciou em 2019, quando Silas se deparou com um stand do Sebrae que estava oferecendo, gratuitamente, curso de queijo frescal e meia cura. Ele logo decidiu fazer o curso que tinha 4 horas de certificação. Nas aulas com o professor Mario Martinez, de origem uruguaia, Silas foi apresentado ao universo dos queijos e, como explicou, “foi amor à primeira vista”.
 
Além de médico, tem uma fazenda e começou produzir leite e derivados. Após o contato com o curso, passou a fazer queijo frescal para consumo de sua família e amigos próximos. Em 2020, com a pandemia e o lockdown, “tudo mudou”.
 
Esposa, três filhos pequenos e Silas decidiram ir morar na fazenda e, logo de cara, “os desafios começaram”. Com dificuldades nas “saídas” por conta do lockdown e dos estabelecimentos fechados, “de um dia pro outro eu estava com 300 de litros de leite por dia estragando”, contou o médico.
 
No início, ele fazia queijo frescal, mas não estava conseguindo vender todos os dias. Foi quando teve a ideia de iniciar a produção de queijo curado, por ter o prazo de validade mais longo, “não necessitando ser vendido imediatamente”. Então, entrou em contato com o professor uruguaio para convida-lo a ajudar na produção dos queijos curados. “Ele adorou o convite de ir morar na fazenda e produzirmos. Começamos a fazer queijo meia cura”.
 
Eles observaram o bom resultado na venda dos primeiros queijos e Silas passou a fazer cursos, estudar e a produzir outros tipos, fazendo testes e mudando aos poucos as receitas, buscando sempre um produto de melhor qualidade.
 
“Ao final da pandemia as coisas começaram a retornar ao normal, o professor Mario voltou para a cidade, o laticínio voltou a comprar o leite e eu também reabri o consultório, mas sempre os finais de semana eram na fazenda, fazendo algum tipo de queijo”.
 
Com o passar do tempo e o reestabelecimento da rotina normal pós pandemia, investiu em conhecimento, estrutura e passou a fabricar os tipos parmesão e gouda. Mesmo com três tipos sendo feitos, sua esposa continuava pendido para que ele fizesse o Brie, “o preferido dela”.
 
Diante da preferência, ele se prontificou para fazer o queridinho de sua mulher. Comprou os ingredientes, fermentos e fungos e iniciou os testes. O primeiro “foi um desastre, conseguimos comer ele, mas em nada se parecia com um Brie”. Silas então investiu no tipo francês, trocou ideia com técnicos de empresas fornecedoras dos fermentos, buscou em fóruns internacionais na internet e tentou ligação com produtores que já fabricavam o Brie.
 
Porém, diante de toda essa rede de contato construída, a principal descoberta foi que “os segredos das receitas são bem guardados”. E, após quatro meses desenvolvendo suas pesquisas e receitas, nasceu o Diamante da Cartucheira, um queijo tipo Brie que desde o início foi sucesso em vendas e se tornou o principal produto da produção.
 
Com o “Diamante” se espalhando pelo município e o sucesso aumentando, o médico foi incentivado pelos fornecedores dos fermentos importados a participar do concurso mundial, em São Paulo. A 2ª edição do Mundial do Queijo do Brasil reuniu 1580 queijos mundiais feitos por produtores artesanais e industriais. Entre eles queijos de diversos países da Europa, que são considerados os melhores do mundo, além queijos da américa do norte, central e toda américa do sul.
 
Em Cuiabá, o Diamante já era sucesso, mas Silas queria receber avaliações de quem realmente entende de queijo. Foi aí que ele resolveu se matricular no mundial e se deparou com uma plateia multidisciplinar composta por produtores, sommeliers, chefs e especialistas.
 
Na competição, o Diamante recebeu o título inédito de ter sido o primeiro queijo produzido em Mato Grosso a participar de um concurso mundial e receber uma medalha. Diante do altíssimo nível, a surpresas logo veio com o bronze. “Pelo desafio de apresentar um produto tipicamente de origem francesa para jurados europeus”.
 
Em fevereiro deste ano, ele se matriculou em uma escola francesa especializada em “Affinage du fromage”, cura de queijos. E, desde então, tem desenvolvido novos queijos gourmet com processo de cura mais delicada, porem com sabores mais complexos, seguindo uma tendencia mundial.
 
Em breve será lançado um novo tipo, o primeiro queijo azul (são assim chamados por possuírem em sua composição fungos com tons de azul a verdes) produzido por ele, que já tem um nome: “Esmeralda da Cartucheira”.
 
Se você é apaixonado por queijo e se interessou em conhecer o “Diamante”, basta entrar em contato com o Instagram: @quintadacartucheira e conhecer o cardápio. Os produtos também são vendidos em uma feira chamada “ É de livramento”, que ocorre sempre no primeiro sábado de cada mês, das 18:30 as 22:30.

Além disso, anota na agenda que do dia 06 de outubro a 08 de outubro, no Shopping Estação, das 18h às 22h, a Quinta da Cartucheira, participará de uma feira “Sabores do Pantanal” e diversos queijos produzidos por Silas estarão disponíveis para degustação.
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