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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cuiabana cria delivery de vinhos nacionais e internacionais com foco em rótulos diferentes e 'divertidos'

Foto: Reprodução

Cuiabana cria delivery de vinhos nacionais e internacionais com foco em rótulos diferentes e 'divertidos'
De família italiana, Nicolly Pizzolo, de 30 anos, brinca que tem licença poética para tomar vinho em qualquer momento, como uma segunda-feira, por exemplo. A paixão pelos vinhos, que a faziam ir em busca de novos rótulos com frequência, se tornou trabalho quando ela decidiu criar a “Wine Rocks”, delivery que agora entrega vinhos em Cuiabá, com opções de kits com vela aromática cabernet sauvignon e abridor personalizado. 

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“Lembro que sempre que ia comprar vinhos, o sommelier do mercado indicava e eu já tinha experimentado todos, sempre queria ir atrás dos que não tinha experimentado ainda, sempre gostei muito de vinhos. Minha família é italiana, brincamos que temos licença poética para tomar vinho na segunda-feira”. 

Ao Olhar Conceito, Nicolly conta que a ideia de empreender surgiu após ela desistir de abrir uma franquia de bar de vinhos em Cuiabá. Como ela sonhava em criar uma marca jovem e descontraída, algo que busca transparecer nos rótulos e nos kits, decidiu que abrir a própria empresa lhe daria mais liberdade para fazer a curadoria de vinhos. 

As primeiras entregas da Wine Rocks começaram a ser feitas no Natal. “Se tem uma pessoa que gosta de gatos, tenho um vinho com rótulo de gatinho, tenho de flores também, vai da personalidade mesmo. Acho que aqui [em Cuiabá] sempre teve muito dos rótulos famosos, eles têm os que mais vendem, mas eu não queria essa pegada, tanto que não tenho rótulos famosos, estou em busca de rótulos diferentes”. 

O primeiro estoque da Wine Rocks conta com 530 garrafas de 41 tipos de rótulos. São vinhos da Serra Gaúcha, Argentina, Chile, Uruguai, França, Portugal, Itália, Espanha, África do Sul e Estados Unidos. 
O principal objetivo de Nicolly é “tirar o preconceito” que algumas pessoas têm com os vinhos brasileiros, por isso ela pretende colocar mais rótulos produzidos no Brasil no catálogo da marca. 
 

“Vinho é algo muito pessoal de cada um, vou descobrindo conforme a demanda do público. Vou em busca mais pelo rótulo, porque a primeira coisa que vai vender, que é o perfil dos meus clientes, é o rótulo. A pessoa compra pelo rótulo, depois de experimentar ela fala: esse rótulo é bom. Vendeu pelo rótulo, mas agradou pelo sabor”. 

 A pegada descontraída da Wine Rocks fica por conta dos rótulos que chamam atenção dos clientes, principalmente quando eles estão em busca de presentear uma pessoa querida, conta Nicolly. 

“Sempre quis tudo muito personalizado, desde a logo ao nome, tudo foi muito pensadinho para ser diferente, não queria que fosse algo clássico. Fui criando opções, tenho opção da caixa grande que vem o kit com a vela personalizada de aroma cabernet sauvignon, é diferente porque geralmente vem uma taça, e um abridor personalizado. Tem também a opção da caixa menor que vai só o vinho, pode incluir o abridor e o imã de geladeira. A pessoa escolhe o vinho que quer dar de presente”. 

O vinho tinto argentino Plan B, produzido em Mendonza, um cabernet sauvignon, está sendo o mais vendido desde que Nicolly começou as entregas. No catálogo, ela tem opções que vão de R$ 49 a R$ 279. 

“Em Cuiabá o pessoal bebe vinho gelado, independente se é tinto ou branco, tenho amigas que colocam gelo, é um hábito cuiabano, temos o calor e vira algo refrescante. Por isso pretendo entregar vinho gelado também. Existe o público do clássico, já tem bastante gente que trabalha com esse público aqui. Meu público é diferente, as vezes nem bebe vinho, mas vê um rótulo e quer experimentar ou quer presentear alguém”. 

Com a alta dos clubes de assinatura de vinhos, Nicolly pretende aplicar a modalidade em Cuiabá com a Wine Rocks. Plano que quer executar no futuro, assim que terminar de implantar o delivery. 

“Tenho uma amiga que fala: antes feito do que perfeito. Me incomoda muito, porque sou muito detalhista, quero tudo muito do jeito que imaginei, mas não é assim, a gente não dá conta. Nunca empreendi, trabalhava com venda de medicamentos veterinários, eu vendia, mas empreender é um terreno novo que estou pisando”. 

Apesar das dificuldades de empreender, ela conta que ver a própria marca com curadoria própria funcionando tem sido uma grande realização. “Nas quintas-feiras estou indo para casa, nossa família é italiana e meu pai faz uma comida italiana toda quinta, o famoso minestrone, contei para ele que estava tudo muito corrido e ele perguntou se eu estava gostando e eu estou muito, é realmente o que queria”. 
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