Um dos fotógrafos pioneiros do modernismo fotográfico no Brasil tem sua obra reunida em um livro lançado este mês. O auge da produção autoral do brasileiro German Lorca aconteceu na década de 1940, quando o homem moderno começa a 'pensar e ver o mundo por um prisma diferente do que vigorava até então, e isso afetaria diretamente a arte, no geral, e a fotografia, em particular', segundo texto introdutório do livro.

O momento de passagem da fotografia pictorialista, que seguia uma estética da pintura, para a fotografia experimental aconteceu no Brasil num momento de explosão de metrópoles como São Paulo, onde vive até hoje Lorca.
Ao ingressar no Foto Cine Clube Bandeirante em 1948, 'Lorca e um grupo restrito de fotógrafos em muitos momentos se rebelavam contra as rígidas regras do fotoclube acerca dos padrões que deveriam nortear uma “boa fotografia”. Gestaram, assim, por meio da experimentação, uma nova forma de representar o seu tempo', relata trecho do livro.
Sombras, geometria, múltiplas exposições, baixas velocidades, fotomontagens e solarizações, foram alguns recursos usados por Lorca para produzir o que ele próprio costuma chamar de “fotografia de arte” e que agora estão reunidas no livro 'German Lorca' (Cosac Naify) organizado por Eder Chiodetto.