Amor. Milhares de poemas, livros, filmes, livros e tentativas foram feitos em nome do amor, tentando celebrar e, ao mesmo tempo, explorar este sentimento que continua até os dias de hoje. Mas conceitos idealizados sobre o que é o amor e o que deveria ser o parceiro perfeito, seja qual for o tipo de casal, podem levar um casamento ou união à falhas.

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O psicoterapeuta Russ Harris, em seu livro “ACT with love”, que ainda não foi traduzido para o português, discute quatro mitos que podem estar comprometendo seu relacionamento. “ACT” é a sigla de “acceptance and commitment therapy”, que traduzindo, significa terapia de aceitação e comprometimento.

Confira os quatro mitos:

O parceiro perfeito:

Claro que ninguém é perfeito e quando você compara o seu companheiro com o que seria o parceiro ideal obviamente fica desapontado. Depois disto, ainda pensamos erroneamente que o nosso companheiro talvez não seja a pessoa com que deviamos estar e jogamos fora o relacionamento antes mesmo que ele possa se desenvolver.

Até mesmo o melhor parceiro do mundo vai ter características que você não gosta e não vai ter todos os detalhes que você preferiria que ele tivesse. Na verdade, de acordo com Harris, o que nós precisamos achar não é um parceiro perfeito, mas um que é bom o bastante. Para cada um de nós, há características que consideramos absolutamente essenciais. Nós precisamos determinar o que é essencial e ver se o companheiro tem estas características. O resto é negociável.

"Você me completa":

A verdade é que nenhum parceiro irá nos completar. Relacionamentos não são sobre encontrar alguém que se encaixe perfeitamente no quebra-cabeça, e sim sobre aprender mais um sobre o outro: identificar e aceitar as diferenças e encontrar modos de trabalhar no que divergem e, mais que tudo, apoiar um ao outro. Segundo Harris, um bom parceiro pode ajudar a pessoa a aprender mais sobre si para que, desta forma, consigam resolver a dificuldades tendo como meta o todo.

O amor verdadeiro é fácil:

Muitos casais se prendem na ideia de que o amor deveria apenas fluir. E se caso tenha alguma dificuldade ou conflito, isso significa que tem algo de errado com o relacionamento e que deveriam procurar um novo parceiro. Na verdade, Harris explica em seu livro que estar em um relacionamento de longo prazo é desafiador. Você está com alguém que tem necessidades e expectativas diferentes da sua e quando duas pessoas passam muito tempo juntas ao longo do tempo, estas diferenças entram em conflito, criando situação desagradáveis, como brigas e discussões.

Apensas saiba que isto um pedaço normal de qualquer relacionamento. No começo, as coisas fluem facilmente porque todos estão no seu melhor comportamento. Depois disto, a relação continua e quando o conflito e a discussão aparecem, a “aventura real” começa: Porque, neste caso, cada um começa a mostrar seu verdadeiro “eu” para o outro. Nós descobrimos falhas no relacionamento e, com flexibilidade e percepção aguçada de como seu parceiro realmente é, o casal pode aprender a realmente lidar um com o outro.

Amor eterno:

Geralmente temos a expectativa de que, se realmente amamos alguém, sempre será deste jeito, onde ficamos excitados, animados e nunca brigamos, e, se não ficar, talvez não seja amor verdadeiro. Harris, no entanto, esclarece que amor não é uma experiência estática: tem altos e baixos. Há momentos quando você se sente íntimo do seu parceiro e outros você sente distância entre vocês. Às vezes, estes sentimentos de distância não são sincronizados entre o casal, o que pode causar ansiedade, dor e tristeza.

Segundo Harris, é necessário ter em mente que a paixão inicial vai diminuir com o tempo, mas um bom relacionamento é sobre onde ir depois do começo e não tentar voltar ao lugar de onde começaram. Como você nutre os sentimentos de intimidade e amor e como você lida com conflitos com seu parceiro vão determinar a força, profundidade e longevidade do seu relacionamento.