Impossível passar impune por uma escultura de Anderson Moura. Você, para, vê, olha, analisa. Encanta-se com o movimento congelado. E, depois, questiona-se de que material aquilo é feito. É papel. Papel que iria para o lixo. Revistas sem destino.

Há 4 anos Anderson desenvolve este trabalho, segundo relatou ao Olhar Conceito, com muita pesquisa, sobretudo acerca de movimentos... Movimentos de capoeiristas, bailarinas e outros.

Assim nascem pessoas de papel. Crianças brincando, moças dançando, homens e mulheres interagindo.

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O “esqueleto” é de arame. A base para firmar os trabalhos é em madeira. Tudo sempre achado no lixo ou no desuso.
As revistas, idem. Anderson pede, acha, coleta. Nunca compra uma revista para fazer o trabalho, ou o conceito de sustentabilidade que tanto lhe é importante se perde.

A parte mais difícil, aliás, é de achar revistas. Não é toda revista que permite qualquer trabalho. Anderson utiliza pintura apenas para cobrir o que representa o corpo das pessoas nas esculturas.

As roupas e adereços não levam tinta e são feitos com montagens e colagens do papel original. As revistas de moda são as ideais, de papel firme, cheias de cores e texturas que lhe permitem brincar bastante. Mas, não é todo dia que se encontra uma revista de moda dando sopa... Quem quiser desfazer-se se algumas, já sabe um ótimo destino.

Anderson conta que prefere criar peças únicas, que lhe vêm à cabeça, fruto da subjetividade. Mas, à vezes também cria coleções, como a de crianças brincando. Ah, e adora fazer palhaços, nos quais pode brincar à vontade com as cores.

Encomendas também são bem vindas. Anderson Moura expõe trabalhos em Cuiabá no Armazém da Creuza e no Espaço Gourmet Nova Mesa, ambos na Rua 24 de Outubro. Os trabalhos podem ser acompanhados através do blog Projeto Cabeça, AQUI.  Contato: 9941-9323 ou 8145-1552.