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Domingo, 05 de maio de 2024

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Defensor do patrimônio cultural, o historiador e escritor Cláudio Conte terá missa de homenagem na sexta-feira

Foto: Reprodução

Defensor do patrimônio cultural, o historiador e escritor Cláudio Conte terá missa de homenagem na sexta-feira
Amante do Patrimônio Cultural, historiador e escritor, Cláudio Quoos Conte, produziu diversos estudos sobre a história dos patrimônios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Mato Grosso, e hoje deixa saudade, desde o dia 23 de março. Militante pela preservação patrimonial, ele esteve por 15 anos na direção deste órgão Federal no Estado e será homenageado, em sua memória, pelos amigos numa missa na Igreja Senhor dos Passos, localizado no Centro Histórico de Cuiabá, ao meio-dia da sexta-feira (28).

O patrimônio perde Cláudio Quoos Conte aos 51 anos. Historiador e um dos autores do livro “Centro Histórico de Cuiabá Patrimônio do Brasil” (2005).

“Cláudio Conte pediu-me uma ‘apresentação’, que só faz sentido pela generosidade desse jovem historiador e diretor da subregional do IPHAN (na época, em 2005) em Mato Grosso”, destacou o professor da Universidade Federal de Mato Grosso, doutor em História pela Universidade de São Paulo, Carlos Alberto Rosa, em prefácio do livro acima citado.

Dentre vários nomes que fazem com sensibilidade e competência técnica a história da preservação do patrimônio histórico-multitemporal, multiétnico, multifacetado, desta parte mais central da América do Sul, tal como descreve o doutor, Cláudio Conte era um dos primeiros de seus arquivos de memória.

“Durante anos convivemos, discutimos e cooperamos. Das vivências desses anos, carrego comigo boas lembranças, responsáveis em grande parte por meus trabalhos posteriores, na UFMT E em outras instituições, particularmente a formulação de histórias urbanas de Cuiabá e de Mato Grosso coloniais”, descreve Carlos.

É que em muitos anos, segundo Carlos, houve um tempo em que todos acreditavam no que lhes tinham ensinado: que os espaços edificados de Cuiabá e Mato Grosso não tinham nenhum valor, não expressavam nada, nada
documentavam.

Contrariando este pré-julgamento, o visionário Conte persistiu em novas ideias, maneiras de ver, favorecendo em legitimar a identidade mato-grossense, com seu saber e vivência patrimonial.

“Falar do Claúdio Conte, me faz lembrar de algumas vezes na vida, dos encontros que temos com pessoas especiais, que chegam para melhorar as nossas atitudes, compreendê-las, acreditar no outro, respeitar, considerar. Como parceiro nas tarefas de preservação do patrimônio, da educação patrimonial, das competências de geri-los, Cláudio do IPHAN e, eu da SEC-MT, ele era esse alguém que fazia você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. Isso é uma amizade pra sempre. Descance em Paz! Você e o patrimônio Cultural são para Sempre”, descreve Maria Antúlia Leventi, Superintendente de Desenvolvimento e Fomento a Cultura da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC-MT).

Trajetória

O indigenista foi representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Mato Grosso (IPHAN) de 1994 a 2012. Na Coordenadoria Regional do Xingu ele atuava no Serviço de Monitoramento Ambiental e Territorial (SEGAT), no apoio às atividades culturais e projetos especiais direcionados aos povos indígenas do Parque Indígena do Xingu.

O ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Naiconal (IPHAN) de Mato Grosso foi especialista na Fundação Nacional do Índio (Funai). Conte estava lotado na Coordenadoria Regional do Xingu de Canarana.

O sepultamento deve ocorrer em Porto Alegre (RS), cidade de origem.

(Com assessoria)

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