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Domingo, 28 de abril de 2024

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Com as cores do regionalismo, exposição "Dance com Gervane" comemora 2 anos de Casa do Parque

Foto: Reprodução/Luiz Marchetti

Com as cores do regionalismo, exposição
Para comemorar os dois anos de Casa do Parque, lá estava o artista plástico Gervane de Paula medindo as paredes do local. Isto porque, nesta quinta-feira (15), 20 obras inéditas do artista farão parte da exposição “Dance com Gervane”, com curadoria de Magna Domingos.

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As peças da exposição foram concebidas durante um ano de trabalho no recém-inaugurado ateliê de Gervane, espaço conhecido como “Boca de Arte”, localizado no Araés, bairro de Cuiabá onde o artista nasceu, cresceu e vive.



O novo espaço é inclusive uma das inspirações do artista plástico. “O bairro tem uma geografia acentuada, mangueiras, luminosidade incrível, gente andando nas ruas, pessoas negras; São essas figuras que estão na minha obra. Dançando, cantando, brincando”.

"A exposição individual de Gervane de Paula vem num momento muito especial em que comemoramos dois anos de trabalho. Sou colecionadora de suas obras e fã da alegria das suas cores", confessa Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque.

Cores e temáticas de “Dance com Gervane”

Pintor objetista, escultor e auto rotulado “realista social”, Gervane ainda se considera um colorista, pois é este elemento que o move. Para ele, as cores e as formas são o que atraem o expectador em primeiro momento. O tema vem depois.

“O meu universo temático é bastante diversificado, a dança e a musica são apenas um recorte da minha produção. Esse é um conjunto coerente, representativo e com um fio condutor. Acho o conjunto apropriado para o período de alegria e expectativa que vive Cuiabá e a Casa do Parque. Além de ser um dos melhores trabalhos que já produzi”, conta o entusiasmado Gervane de Paula.

Quando o assunto é Espaço Casa do Parque, Gervane de Paula toma uma postura mais realista e opina sobre a produção artística local. De acordo com o artista cuiabano, a Casa é um espaço necessário para a Capital, pois as artes regionais precisam evoluir com o mercado, e hoje o movimento é inverso, os artistas estão muito ligados às instituições públicas.

Por isso, para ele, a Casa do Parque tem como meta não só divulgar, mas vender os trabalhos, ajudando os artistas a migrar para o setor privado.

Trajetória

Aos 15 anos Gervane de Paula teve o primeiro contato com as artes plásticas por meio do Ateliê Livre de Pintura, na Fundação Cultural, atual Secretaria de Estado de Cultura. Sua orientadora foi Dalva de Barros, com uma turma conhecida como a “segunda geração do Ateliê”, que inclui Adir Sodré, Benedito Nunes e Regina Pena.

“Ela despertou em todos os artistas da minha geração o interesse pela cultura regional como ponto de partida, com qualidade, sotaque e originalidade”, pontua o artista plástico.

Gervane considera o grupo formado no Ateliê Livre pioneiro no que hoje conhecemos como intervenção urbana. “Levamos as pinturas para as ruas de Cuiabá, começamos a pintar muros, viadutos, prédios, no projeto ‘Arte em Movimento’, pintamos os ônibus que iam para os bairros mais distantes”.

As conhecidas mangas gigantes do Hotel Taiamã da Avenida do CPA, bem como parte das pinturas no viaduto da Miguel Sutil são obras do artista. Recentemente, Gervane de Paula pintou a parede do Restaurante Universitário da UFMT.


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