Façam uma experiência: em uma ida ao supermercado, tente analisar, dos produtos que estão dentro do seu carrinho, quantos vem de grandes indústrias e quantos vem de produção familiar. Para ir mais a fundo, pense em quantas mãos trabalharam para que uma fruta, um legume ou um suco chegasse à sua mesa.
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É complicado pensar, e até muito difícil chega às conclusões certas, já que desconhecemos a origem real de muitos alimentos. No entanto, é bom quando descobrimos que o que estamos comendo veio do nosso próprio estado. Este é o caso dos maracujás produzidos na cidade de Tababorã, que fica a 643km de Cuiabá.
No assentamento Nova Fronteira, localizado nesta cidade do interior, o agricultor familiar Irinaldo José de Oliveira tira seu sustento da produção do fruto famoso por acalmar os nervos. A plantação comercial na região começou em 2009, quando 40 famílias buscavam uma nova alternativa de produção rural. Hoje em dia já são mais de 100 produtores em uma área de 75 hectares, com uma produção estimada de 1800 toneladas por ano.
Irinaldo foi uma das pessoas que apostou no maracujá e acertou. Seu rendimento chega a R$40 mil por ano em uma área de 1,5 hectares. Apesar de o agricultor ser proprietário de 62 hectares de terra, cultivar soja e ter gado de leite, é da fruta que ele tira sua maior renda. Toda sua produção é vendida para uma indústria de polpa, localizada em Sinop (500km de Cuiabá).
A produção é da espécie Maracujá Gigante Amarelo, mas a expectativa agora é ampliar o cultivo e incentivar famílias a plantarem também abacaxi, acerola e outras frutas.
E é sempre bom lembrar que a fama do maracujá não é a toa. Suas folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural, e o chá preparado com as folhas têm efeito diurético. Não é à toa que Irinaldo Oliveira afirmou “Comecei o plantio do maracujazeiro em 2011 e hoje me sinto bem e calmo, seja plantando ou tomando o suco do maracujá”.
